Conheça as vantagens da telemedicina para os pacientes

Em muitos países, é cada vez maior o uso da telemedicina. Nos Estados Unidos, por exemplo, a adoção da nova prática cresce cerca de 3,5% por ano.No Brasil, as novas tecnologias em saúde têm sido adotadas em ritmo acelerado, o que coloca o país em posição de destaque na América Latina. Tanto no sistema público quanto no privado, a prática da telemedicina assíncrona, ou seja, quando acontece de forma off-line, em especial o laudo de exames à distância, já é realidade.

Mas quais as vantagens, afinal, que a telemedicina pode trazer ao atendimento dos pacientes? Com a telemedicina as instituições poderão promover atendimento remoto de pacientes, rompendo barreiras geográficas, ampliar o acesso a especialistas e até mesmo reduzir filas. “Atualmente, existem vários trabalhos que mostram que um número enorme de questões da medicina com base em tecnologia consegue ser resolvido sem a necessidade de o médico estar junto do paciente presencialmente, principalmente se ao lado do paciente estiver outro profissional da área da saúde”, explica o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner.

Benefícios da Tecnologia

Como um método de prestação de cuidados de saúde clínicos a alguém à distância, a telemedicina através da utilização de tecnologias de telecomunicações e de informação, proporciona uma série benefícios para o setor da saúde.

Entre eles, colocar o paciente certo no lugar correto e evitar idas desnecessárias ao pronto atendimento. “Isso ajuda a melhorar a experiência e saúde da população, além de reduzir o custo do atendimento e destinar os leitos adequadamente a atendimentos de urgência para casos mais complexos”, analisa Sidney Klajner.

“A ida dos pacientes aos prontos-socorros vai diminuir, e com isso, sem dúvida nenhuma, vai desafogar o atendimento de pronto-socorro, porque a gente sabe que em torno de 60, 70% dos pacientes que procuram em geral as grandes redes hospitalares nos prontos-socorros são pacientes claramente ambulatoriais”, complementa o executivo do Grupo Leforte, Mário Lúcio Filho.

Outro benefício apontado é a quebra de barreiras geográficas. “A principal atribuição é aproximar a medicina existente nos grandes centros para outras regiões que possuem alguma carência, seja de médicos ou, principalmente, de especialistas em algumas áreas”, afirma o diretor clínico.

O presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner ressalta ainda que a telemedicina é um importante recurso para que se possa interagir mais com o paciente, o que contribui para a relação médico-paciente. “A telemedicina não é um risco, é um benefício que se ganha com a melhora da tecnologia, tanto que a interação médico-paciente, há décadas, era feita por telefone muitas vezes. Se usada da maneira correta e por profissionais conscientes de que é uma primeira orientação, não traz riscos e, sim, benefícios”, esclarece.

Exemplos no Brasil

Em São Paulo, o Hospital Israelita Albert Einstein já faz uso de telemedicina síncrona, inclusive para conectar diretamente médicos e pacientes via videoconferência. A instituição oferece vários produtos que vão desde orientação de outros médicos para discussão de casos, como a tele UTI até a teledermatologia. Entre os destaques tem a Telecessação de Tabagismo – voltado aos pacientes que querem largar o vício e precisam de ajuda, mas não têm disponibilidade para realizar consultas presenciais.

Já os hospitais do Grupo Leforte, em São Paulo, utilizam os recursos da telemedicina para atender a especialidade de neurologia. O programa, implantado em janeiro de 2018, já atendeu 350 emergências neurológicas (AVC, crises convulsivas, traumatismo craniano, confusão mental sem explicação aparente e suspeita de meningite).

Também em São Paulo, o Hospital do Coração – HCor conta com uma Central de Telemedicina que envia laudos emitidos à distância dos exames realizados pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), em uma parceria da instituição com o Ministério da Saúde para agilizar o atendimento a pacientes com problemas cardíacos.

Já o Hospital Sírio-Libanês, fornece o apoio aos serviços de pronto atendimento em casos de AVC do Hospital Geral do Grajaú, na zona sul de São Paulo, além de contar com o projeto Regula+Brasil, que tem como objetivo reduzir as filas de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), atuando como um ente regulador entre o atendimento na atenção básica e o encaminhamento para a média e alta complexidade.

O Hospital Moinhos de Vento, localizado em Porto Alegre, conecta especialistas com profissionais de outras partes do Estado e do país em duas frentes. Uma delas é com o serviço de Telemedicina em UTI Pediátrica (TeleUTIP), em que uma equipe médica da capital acompanha pacientes do Hospital Geral de Palmas (TO) e do Hospital Regional Norte, de Sobral (CE). E a outra é o projeto Teleoftalmo – Olhar Gaúcho, em que por meio de dois consultórios remotos no Hospital Restinga e Extremo-Sul, em Porto Alegre, são beneficiados pacientes da capital gaúcha e das cidades de Santa Rosa, Farroupilha, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo e Santiago.

No estado do Rio de Janeiro, o Hospital São Lucas Copacabana e o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), oferecem suporte de telemedicina na emergência com protocolos específicos para troca de informações entre especialistas, auxiliando, principalmente, na tomada de decisão no tratamento de acidentes vasculares cerebrais (AVC).

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