A tecnologia está revolucionando as nossas vidas, desde a forma como consumimos até como nos relacionamos. A saúde é um dos setores que está no centro deste movimento, com inovações nas áreas de inteligência artificial, internet das coisas e inteligência de dados, transformando a forma como cuidamos do nosso corpo.
No Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp) 2019, o fundador e presidente de Medicina Exponencial da Faculty Chair for Medicine da Singularity University, Daniel Kraft, apresentou alguns desses avanços que já estão influenciando o cuidado com o paciente e as perspectivas para o setor nos próximos anos.
Para Kraft, estamos vivendo a 4ª revolução industrial, e as experiências digitais e o acesso aos aplicativos têm mudado as expectativas e necessidades do público – o que inclui os pacientes, que agora têm as informações e decisões literalmente na palma da mão, onde e quando quiserem.
Kraft ressaltou que, no futuro, todo cuidado em saúde será baseado na capacidade de medir dados do corpo humano. “É a saúde quantificada”, afirma. Mas ele afirma que as informações isoladas não são suficientes. Para resultados efetivos, é preciso trabalhar com todos os dados disponíveis para que sejam úteis e plenamente aproveitados.
Entre as inovações com impactos diretos nesta área está a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). “Hoje, já é possível monitorar por pulseira com mecanismos de GPS pessoas doentes para saber se estão conseguindo se locomover”, exemplificou Kraft.
“Há também dispositivos que podem medir a pressão arterial em tempo real e passar as informações imediatamente, ajudando a cuidar de muita doenças. Existem até mesmo dispositivos que podem ficar embaixo de uma lente de contato e medir índices de potássio, de açúcar”, disse.
Dentro dos limites dos hospitais e clínicas, a tecnologia também já começa a ser implementada na otimização de processos que os profissionais precisam realizar. “Médicos e enfermeiros estão sobrecarregados de digitar prontuários médicos, ou seja, a tecnologia vem para melhorar também a experiência do clínico”, afirma. “O futuro da medicina não é uma única tecnologia, mas trabalhar com todas e combiná-las de forma inteligente”, explicou Kraft.
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