Retinoblastoma: entenda o câncer ocular diagnosticado na filha do jornalista Tiago Leifert

Os jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin revelaram que a filha deles, Lua, de 1 ano, foi diagnosticada com retinoblastoma. A intenção do casal ao tornar público o problema de saúde da bebê foi chamar a atenção das famílias para esse tipo raro de câncer ocular, que afeta uma em cada 20 mil crianças, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

“Vá ao oftalmo no primeiro ano de vida do seu bebê. Nossa intenção é que você descubra antes do que a gente descobriu, que foi no grau máximo”, explicou Tiago em um vídeo publicado no seu perfil no Instagram.
O Saúde da Saúde conversou com Luiz Eduardo de Aguiar Marques, oftalmologista do Hospital IPO (PR), para entender melhor como ocorre o retinoblastoma, quais os sinais de alerta para os pais e as formas de prevenção e tratamento da doença. Confira:

O que é o retinoblastoma?
O retinoblastoma é um tipo de câncer ocular que ocorre, principalmente, em crianças menores de 5 anos de idade. Ele se origina na retina, um tecido localizado no fundo do olho que serve para transmitir a imagem que enxergamos para o cérebro.

“O aparecimento desse tumor é raro. Afeta uma criança em cada 20 mil nascidos vivos, segundo o Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde”, explica Marques. O médico afirma que o tumor ocorre por uma alteração genética, que pode ou não ser hereditária (herdada dos pais). “Crianças com história familiar de retinoblastoma devem fazer exames oftalmológicos com frequência. Os pais podem fazer aconselhamento genético se houver casos na família”, orienta.

Quais os sinais de alerta para que os pais fiquem atentos?
A ausência do reflexo vermelho numa foto, com a pupila aparecendo branca; desvio ocular ao olhar; queixa de dor, vermelhidão e irritação ocular são sinais que podem servir de alerta. “Importante ressaltar que a grande maioria desses sinais não significa diagnóstico de retinoblastoma, mas sim a necessidade de um exame oftalmológico”, enfatiza Marques.

Como é feito o diagnóstico?
A forma mais comum de diagnóstico da doença é através de uma consulta oftalmológica com avaliação do fundo de olho. O “teste do olhinho”, para ver o reflexo do fundo de olho, é muito importante para a triagem. Um exame de fundo de olho é o que vai confirmar ou não a existência do câncer. Se houver tumor, outros exames de imagem serão feitos para avaliar o estágio da doença e se existem metástases.

Quais as chances de cura?
Se o diagnóstico for precoce e não houver metástases, as chances de sobrevivência e preservação da visão são muito altas – acima de 90% em 5 anos.

Quais as formas de tratamento?
O tratamento pode ser feito com quimioterapia, radioterapia, crioterapia, laser e cirurgia, se necessário.

Assista ao vídeo publicado no Instagram por Tiago Leifert e Daiana Garbin falando do diagnóstico de retinoblastoma da filha Lua.

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