O que é esclerose múltipla? Saiba reconhecer sinais da doença

De tempos em tempos, algumas condições de saúde ganham muito espaço na grande mídia, especialmente quando acometem pessoas famosas. É o caso da esclerose múltipla, que muitos ouviram falar pela primeira vez através da atriz Cláudia Rodrigues.

Apesar da grande repercussão e toda comoção causada, muitos ainda não sabem ao certo o que é esclerose múltipla. Por isso, a condição ainda é cercada de alguns mitos.

O que é esclerose múltipla?

As causas do problema de saúde ainda não são completamente conhecidas, mas trata-se de uma doença crônica e autoimune. Ou seja, a esclerose múltipla é um problema que faz com que os mecanismos de defesa de um organismo ataquem partes do corpo.

No caso, o sistema nervoso é a região fragilizada, já que é uma doença neurológica. O organismo se volta contra os neurônios, causando inflamações na área que resultam nos surtos de esclerose.

O que é um surto de esclerose múltipla?

Muitos relacionam a palavra “surto” com episódios de descontrole psicológico, mas nos casos característicos do quadro que define o que é esclerose múltipla, o surto é a manifestação da doença. Os sintomas da esclerose múltipla são variados, pois a doença crônica age com certa peculiaridade em cada organismo, mas alguns sintomas são muito comuns.

Alterações na visão como enxergar embaçado, dificuldade para identificar cores, perda temporária da visão, alterações na frequência urinária, formigamentos duradouros nas pernas ou apenas de um lado do corpo, podem fazer parte do quadro.

Algumas habilidades motoras também podem sofrer com a doença crônica, além da existência de tremores, que podem compor o diagnóstico. Com o avanço da esclerose múltipla, há a possibilidade dos movimentos serem completamente comprometidos e muitos portadores chegam à dependência de cadeiras de rodas, mas é uma consequência que não faz parte de todos os quadros.

A condição de saúde ainda é cercada por alguns mistérios. Complexa, sua cura, por exemplo, ainda não foi descoberta. Com isso, alguns mitos popularizaram-se e podem ser prejudiciais para que o diagnóstico seja feito antes do avanço.

Mitos e verdades

  • A esclerose múltipla é muitas vezes dita uma doença rara, mas em 2017 já estimava-se que mais de 3 milhões de pessoas eram portadoras da doença. Em 2014, a doença também foi identificada como a segunda causa de incapacidade neurológica em jovens, segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla;
  • A doença não afeta só mulheres, como muitos pensam, ainda que seja mais comum entre elas;
  • Apesar dos surtos mais intensos ocorrerem, geralmente, entre 20 e 40 anos, pode se manifestar em qualquer idade, até mesmo na infância;
  • A esclerose não causa demência necessariamente. Alguns pacientes podem apresentar maior lentidão intelectual, mas não é algo visto em todos e, quando identificado no início do problema, a reversão pode ser feita;
  • Não trata-se de uma doença que se mostra progressiva em todos os casos, isso varia de paciente para paciente;
  • Algo curioso, é que a incidência da condição é maior em pessoas caucasianas, principalmente quando vivem em áreas de clima temperado.

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