Férias de julho na pandemia: como evitar acidentes domésticos com crianças

Além de medidas práticas, como adaptar o mobiliário, é importante conversar e brincar com os pequenos

Nas férias, aumenta o risco de acidentes domésticos com crianças. Em, especial num período em que enfrentamos uma pandemia, em que os pequenos passam praticamente o todo o tempo em casa. De  acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o risco é maior entre 2 e 5 anos de idade. Ou seja, quando a criança já é capaz de andar, mas ainda não sabe discernir quais brincadeiras podem ser perigosas.

“Os pais nem sempre conhecem as limitações de cada fase, além de não terem o hábito de pensar nos perigos dentro de casa”, afirma a pediatra Carolina Peev, do Sabará Hospital Infantil. “É comum que os adultos esperem da criança pequena uma percepção de risco que ela desenvolve só a partir dos 7 anos.”

Até os 4, explica a médica, a criança é curiosa, mistura realidade com ficção e gosta de imitar os adultos. Isso sem contar que os pequenos caem com mais facilidade porque o tamanho e o peso da cabeça são desproporcionais ao resto do corpo corpo, fazendo com que o centro de gravidade fique na altura do peito, não no umbigo. Além das quedas, outros acidentes comuns envolvem cortes, queimaduras, esmagamentos, mordidas de animais e intoxicação, por medicamentos ou produtos de limpeza, entre outros.

Carolina recomenda que os pais mantenham remédios e produtos químicos trancados. Também é recomendável colocar portõezinhos para impedir o acesso às escadas, à cozinha e à garagem. A pediatra também alerta contra o perigo do andador, que ajuda a criança a se locomover para qualquer direção.

Outras medidas simples também ajudam, como colocar os cabos das panelas virados para o lado de dentro do fogão e colocar limitadores de abertura em portas e gavetas.

Conversar com a criança é fundamental, explicando numa linguagem que ela consiga entender quais comportamentos são de risco e o que pode acontecer caso desobedeça. Outra estratégia é educar participando com ela de brincadeiras, ensinando quais movimentos são seguros e quais devem e ser evitados.

No caso de alguns acidentes, é preciso agir com urgência. Leve a criança imediatamente ao pronto-socorro em casos de traumas na cabeça, cortes profundos, sangramentos que não param, vômitos, desmaios, queimaduras com bolhas e hematomas intensos e extensos.

Para saber mais detalhes sobre como evitar acidentes domésticos com crianças nos diferentes cômodos da casa, acesse o site Pediatria para Famílias, da SBP.

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