Exames de rotina: entenda quais são, quando fazê-los e para que servem

Saúde da Saúde - Exames de rotina

Vamos começar o ano com a saúde em dia? Aliados de um bom acompanhamento médico, os exames laboratoriais permitem diagnosticar deficiências nutricionais, altas concentrações de gordura e açúcar no corpo e disfunções, como na tireoide, fígado e rins.

Para Leda Nogueira, a mamografia anual foi essencial para identificar calcificações nos seios. “No fim, não eram malignas, mas isso porque as encontrei cedo. O médico disse que, se eu não tirasse, poderia evoluir para um câncer”, conta a senhora de 89 anos, que removeu os pequenos cistos e, hoje, está livre de preocupações.

Alberto Duarte, líder médico do laboratório e patologista clínico do Hcor, explica que dependendo do estado de saúde do paciente, pode haver mudanças nos exames de rotina solicitados e na frequência com que são realizados. No entanto, de maneira geral, o ideal é que sejam feitos, pelo menos, seis grupos de testes, uma vez ao ano.

“O primeiro é o hemograma completo, que quantifica as células do sangue – glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Níveis anormais desses componentes podem indicar deficiência nutricional, problemas de coagulação, infecções, distúrbios do sistema imunológico e até leucemia”, detalha.

O segundo é o painel metabólico básico, que analisa cálcio, glicose, sódio, potássio, ureia e creatinina, por exemplo. “Alterações podem indicar doença renal, diabetes ou desequilíbrios hormonais”, esclarece. Uma análise mais completa também pode ser considerada através de um painel metabólico abrangente, que além dos testes básicos, conta com medições das proteínas séricas através de uma eletroforese, fosfatase alcalina (ALP), alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e bilirrubina. “Altos níveis dessas últimas enzimas podem indicar disfunções hepáticas, como cirrose, hepatite e câncer no fígado”, completa.

O terceiro é o de lipídeos, que verifica o “colesterol bom” e o “colesterol ruim”. “A lipoproteína de alta densidade (HDL) é ‘boa’ porque remove substâncias nocivas do sangue e ajuda o fígado a transformá-las em resíduos. Já a lipoproteína de baixa densidade (LDL) é ‘ruim’ porque pode causar o desenvolvimento de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas”, disse.

Como complemento, o especialista também mencionou cuidados cardiológicos avaliados por meio de biomarcadores, como a troponina e o peptideo natriurético cerebral (NT-proBNP), que indicam lesões cardíacas e insuficiência cardíaca, respectivamente.

De acordo com Duarte, um outro grupo de exames importantes no check-up é o dos hormônios, como os da tireoide. “Níveis anormais de tiroxina livre (T4 livre) e hormônio estimulante da tireoide (TSH) podem indicar hipotiroidismo, que pode prejudicar importantes funções corporais, como humor, nível de energia e metabolismo geral”, exemplifica.

“Vale ainda acrescentar, no caso de um check-up de mulheres, os hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona. No check-up masculino é importante verificar a testosterona e fazer uma análise da próstata por meio do PSA livre e total. Estes últimos, principalmente após os 50 anos de idade”, esclarece Duarte.

Não menos importante, também é indicada a realização de testes para infecções sexualmente transmissíveis (IST), como hepatites, HIV e sífilis. “Aqui, vale ressaltar que existe uma ‘janela’ para detecção do vírus HIV na análise laboratorial. Havendo suspeita de infecção e se o teste inicial for negativo, deve ser indicada a repetição do exame após 30 dias.”

Fonte: Hcor

Matérias
relacionadas