Entenda por que pacientes com doenças crônicas não podem esperar pelo fim da pandemia para se tratar

Na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo a marcação de consultas caiu até 30% em um ano

Com quase 14 milhões de infectados pela Covid-19 e mais de 370 mil mortes, este se configura o pior momento pandemia no Brasil até agora. Mas o problema não atinge apenas os infectados pelo novo coronavírus e suas variantes. Lucas Guimarães, gerente-médico do BP Vital, rede de clínicas e consultórios do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta que pacientes com doença renal, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, câncer e também pacientes de idade avançada podem sofrer impactos importantes se não mantiverem acompanhamento adequado.

“Um paciente com problema cardíaco, por exemplo, se não acompanhar os níveis de pressão, poderá ter uma descompensação num período de três a quatro meses – isto é, alguma alteração que leve à piora dos sintomas”, afirma o médico. O acompanhamento periódico serve para prevenir esse tipo de piora, com ajuste de medicamentos, solicitação de exames de monitoramento e reforço de orientações relacionadas à dieta e à atividade física, entre outros fatores relacionados.
 
De acordo com dados da instituição, houve uma queda de 30% no volume de consultas em janeiro, se comparado com o mesmo período de 2020. E esse número se agravou ainda mais ao longo das últimas semanas, ocasionando uma nova diminuição de 30%. Uma série de fatores pode ter influenciado essa queda, mas o primordial é o medo – de maneira geral, as pessoas têm receio de procurar serviços de saúde durante a pandemia.

Com a perspectiva da vacinação, alguns pacientes também têm postergado a ida ao médico para depois da imunização. Mas há casos em que não se deve esperar. No mais, é importante considerar que as instituições de saúde trabalham hoje com reforço de segurança, que inclui fluxos específicos para pacientes que necessitam de atendimento. Casos suspeitos de Covid são encaminhados em separado dos demais.

“Aqui na BP, nós também podemos realizar as consultas médicas via videoconferência, as chamadas teleconsultas. E, para a realização de exames, oferecemos um drive-thru, em que o paciente não precisa sair do carro nem para a coleta de sangue”, explica Guimarães.

Hoje, o médico já percebe descompensações em doenças crônicas desencadeadas pela suspensão do acompanhamento periódico. “Não se deve negligenciar consultas, mesmo no momento de isolamento, pois elas podem ser a diferença entre manter-se saudável e necessitar de uma eventual internação.”

Fonte: edição do texto original da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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