Cuidados com a saúde hoje ajudam a ter envelhecimento mais saudável

Não há como fugir dele: o envelhecimento é um processo natural, ao qual todos estamos sujeitos. O que você pode fazer é cuidar da sua saúde física e mental, para garantir uma maior qualidade de vida quando for idoso.

Também é primordial que a família do idoso olhe para ele com carinho e empatia. Afinal, todos envelheceremos e gostaríamos de ser tratados com respeito.

O Manual de Gerenciamento e Assistência ao Idoso, criado pela Associação Nacional de Hospitais Privados – Anahp, ajuda a pensar sobre essas e outras questões importantes para o bem-estar das pessoas na terceira idade. Clique aqui para acessar e baixar este conteúdo exclusivo e gratuito.

Abaixo, confira um trecho do Manual de Gerenciamento e Assistência ao Idoso:

Em um momento de desafios imprevisíveis para a saúde, como mudanças no clima, novas doenças infectocontagiosas ou uma nova superbactéria, uma coisa é certa: o envelhecimento da população mundial está acelerando rapidamente.

Envelhecer é inevitável, mas é possível envelhecer bem: com saúde, qualidade de vida e dignidade. A sociedade deveria proporcionar à população que envelhece suporte, cuidados e carinho, para que este processo seja o mais saudável possível.

Um fato importante é que a idade civil nem sempre condiz com a idade biológica ou social. Para motivos estatísticos, estabelecemos pontos de corte fixos para definir determinadas populações, mas hoje é cada vez mais difícil definir quem ou o que é um idoso.

Isso fica muito claro quando passeamos pelas alas de hospitais, onde temos pacientes de 80 anos ativos, independentes, ainda líderes em seu círculo familiar e, na outra ponta do espectro, pacientes de 65 anos totalmente dependentes, com múltiplas comorbidades e, muitas vezes, já sendo considerados pesos para seus familiares.

É estarrecedora a diferença de cuidados a estes pacientes que encontramos, sendo algumas famílias participativas, presentes, preocupadas e ativas no cuidado e inclusão de seu familiar e outras deixando o idoso quase que totalmente abandonado; e são estes últimos nos quais vemos uma evolução pior e um final de vida muitas vezes mais sofrido do que o necessário.

Algumas alterações biológicas acontecerão em maior ou menor grau a todos nós na medida que envelhecemos, prejudicando nosso grau de independência. Alterações de visão, audição, olfato, paladar, tato, equilíbrio, mobilidade, entre outras.

Sem contar as alterações sociais, como a viuvez, a perda de amigos, a dificuldade de se inserir, de se sentir útil. E ainda as alterações intelectuais, entre as quais a dificuldade de aprendizado e diminuição de memória.

Ao contrário das sociedades orientais, que valorizam a idade e sabedoria, em nossa sociedade fazemos exatamente o contrário, valorizando a juventude, e tomando medidas custosas e, algumas vezes, perigosas, para aparentarmos juventude. Chegando a ponto de considerarmos estes cidadãos, que tanto contribuíram para o nosso desenvolvimento como sociedade e seres humanos, um fardo a ser carregado.

Os idosos têm muito a contribuir ainda para nossa sociedade, seja dentro de seu círculo familiar, comunidade ou sociedade de forma mais abrangente. Esta contribuição depende em grande parte da saúde com a qual chegam às idades mais avançadas.

Diante desse cenário, cabe a nós, ainda jovens, nos prepararmos para o processo de envelhecimento: inicialmente cuidando de nossa saúde seja física ou mental, bom uso de nosso tempo livre, aproveitando nossas amizades, familiares e entes queridos.

Sabendo que a terceira idade é um momento importante da vida de todos, e que pode ser ainda muito produtiva e prazerosa, temos que proporcionar a todos as condições para o desenvolvimento pleno. Em uma sociedade cada vez mais individualista, cabe um olhar menos crítico e mais compreensivo ao próximo, seja ele de qualquer idade.

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