Cresce casos de câncer colorretal entre jovens

A palavra câncer é algo que assusta, principalmente pessoas em idade mais avançada. O câncer colorretal é um exemplo de doença que, normalmente, é concentrada em pessoas com mais de 50 anos. Porém, mudanças nos hábitos alimentares e o sedentarismo estão começando a alterar esse cenário, tornando a possibilidade desse tipo de câncer mais precoce.

Câncer colorretal: incidência e mortalidade

Como falamos, historicamente, o câncer colorretal é mais comum em pessoas acima dos 50. Entretanto, ao longo da última década tanto a sua incidência quanto taxa de mortalidade estão reduzindo. Prova disso é uma publicação que, baseada nas tendências mais recentes, prevê um aumento em 2030 de até 90% da taxa de incidência desse tipo de câncer em jovens entre 20 e 34 anos.

O oncologista do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, Dr. Artur Ferreira, explica que o estilo de vida é um dos principais desencadeadores desse cenário. “Obesidade, sedentarismo, dietas ricas em carnes vermelhas, gorduras e álcool são as principais causas para uma pessoa desenvolver o câncer colorretal”, explica.

Em muitos dos casos, a doença acomete o intestino grosso (cólon) e reto – em raras ocasiões pode ser encontrado no intestino delgado. Esse é o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres. Em 2018, foram 36.360 novos casos, aumento de 6% em relação ao ano anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Hoje em dia, a cada dez pacientes diagnosticados com câncer colorretal, três têm menos de 55 anos. Portanto, o grupo de risco compreende pessoas com mais de 50 anos, portadores de obesidade, sedentários, tabagistas e com histórico familiar da doença. Indivíduos com esse perfil têm que fazer acompanhamento periódico. “Por isso, é importante manter a avaliação médica regular por meio de exames complementares, como a colonoscopia”, acrescenta Dr. Artur.

Colonoscopia

A colonoscopia é o principal exame para a prevenção e detecção de câncer colorretal, pois faz a análise completa do órgão. É por meio dele, inclusive, que o médico remove pólipos, lesões que, se não tratadas, podem levar ao câncer. O procedimento também é utilizado para estancar pequenos sangramentos nas paredes do cólon.

As lesões formadas pelo crescimento desigual dos tecidos na parede do órgão, podem estar presentes em até 40% das pessoas acima dos 50 anos. “Por isso, o acompanhamento de perto por um médico especialista é fundamental”, finaliza Dr. Artur Ferreira.

Câncer em jovens: previna-se

Prevenir é sempre o melhor remédio. Portanto, doenças ligadas ao sedentarismo, como é o caso do câncer colorretal, precisam ser divulgadas para que cada vez mais possamos mudar nossos hábitos antes mesmo de qualquer diagnóstico.

Porém, como sempre falamos no blog Saúde da Saúde, em qualquer sinal de suspeita, procure seu médico!

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