Comorbidades: confira quais são as principais doenças que podem agravar quadros de Covid-19

Mais de 20 grupos de doenças já são considerados prioritários na fila da vacinação
 
“As comorbidades determinam um maior impacto na severidade da Covid-19 e, consequentemente, provocam também aumento na mortalidade”, explica a infectologista Ingrid Napoleão Cotta, do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo. Por isso, é importante que quem tem uma doença grave e/ou crônica converse com seu médico para entender se tem direito à prioridade na fila da vacinação.

O Plano Nacional de Imunização (PNI) já elencou mais de 20 grupos de comorbidades para a imunização prioritária contra a Covid-19. Contudo,  esta extensa lista está em constante atualização não apenas pelo Ministério da Saúde, mas também pelos estados e municípios, a partir de novas evidências e conclusões sobre os riscos do coronavírus. Doenças neurológicas, como paralisia cerebral e esclerose múltipla, entraram na lista recentemente.

De maneira geral, as principais comorbidades que representam perigo adicional para quadros de Covid-19 são obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças renais graves, doenças pulmonares graves e acometimentos importantes em sistema nervoso central, como elenca Ingrid. Outras doenças, ainda que graves, podem não entrar na lista por não representarem risco específico para pacientes infectados pelo novo coronavírus e suas variantes.

Um exemplo, cita a infectologista, são as doenças osteoarticulares que não necessitam de uso de imunossupressores. Não agravam a Covid-19 porque não comprometem os órgãos essenciais a vida, como o coração, o pulmão, o fígado, os rins e o cérebro.

Outras, contudo, requerem alerta imediato, como a asma, já que os principais órgãos que podem ser comprometidos pelo Sars CoV-2 (o vírus que causa a Covid-19) são os pulmões, sob risco de insuficiência respiratória. “Pacientes com asma, em geral, apresentam exacerbação da doença com infecções pulmonares”, adverte a médica.

Pessoas com alergia a ingredientes das vacinas são as únicas, a princípio, que devem evitá-las necessariamente. “Nesses casos, deve-se seguir as recomendações já oferecidas a toda a população, como distanciamento social, uso de máscara preferencialmente cirúrgica, higienização das mãos e evitar sair de casa”, orienta Ingrid.

Diante da nova variante Delta, a mutação mais perigosa do novo coronavírus até aqui, “mais transmissível e provavelmente mais mortal”, é importante que quem puder se vacinar o faça o quanto antes, tomando as duas doses dentro do período indicado quando chegar a sua vez (apenas a Janssen, da Johnson & Johnson, requer dose única). E, mesmo após a vacinação, todos precisam manter as medidas de proteção até que a maioria da população esteja efetivamente imunizada.

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