Central de Telemedicina do HCor completa 10 anos com 1 milhão de laudos emitidos à distância

A Central de Telemedicina do Hospital do Coração – HCor completou uma década neste ano alcançando a marca de 1 milhão de laudos de eletrocardiogramas emitidos à distância. Uma parceria do hospital com o Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), o projeto auxilia no atendimento pré-hospitalar do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e de Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) de todo o país.

Criado com o objetivo de melhorar a qualidade dos exames cardiológicos realizados nas unidades públicas de saúde, o serviço dá agilidade ao atendimento e ajuda na condução de casos complexos com diagnósticos precisos de cardiologistas do HCor. Atualmente, são emitidos cerca de 22 mil laudos por mês.

“Os primeiros minutos são fundamentais em casos de infarto e arritmias. Cerca de 50% das mortes por infarto acontecem nas primeiras 24 horas após o evento cardiovascular. Estamos fornecendo tecnologia de ponta e atendimento especializado para salvar vidas”, diz o cardiologista e coordenador da Telemedicina do HCor, Fábio Taniguchi.

Com um pequeno aparelho semelhante a um smartphone, chamado de Tele-Eletrocardiografia Digital, o exame de coração é transmitido para a Central de Telemedicina do HCor. As informações são analisadas por uma equipe de cardiologistas de plantão, e o laudo é emitido em até 10 minutos.

“A telemedicina permite o acesso a especialistas que não se encontram na região, com redução de deslocamentos desnecessários e oferta de exames complementares não disponibilizados. Programas de apoio ao cuidado clínico também são exemplos de ajuda aos pacientes”, afirma Taniguchi.

Nova fase

Neste ano, a Central de Telemedicina do HCor começou uma nova fase. Além dos laudos de eletrocardiogramas, a equipe de cardiologistas de plantão também entra em contato com as unidades de saúde para dar apoio ao atendimento médico. Este novo serviço faz toda diferença, principalmente, para aquelas unidades onde não há especialistas em cardiologia.

“Assim que emitimos o laudo do eletrocardiograma com supra de ST (sugestivo de infarto agudo do miocárdio) entramos em contato com a unidade de saúde para discussão do caso clínico e apoio à conduta baseada nas diretrizes e boas práticas em cardiologia. Estes pacientes vão contar com a orientação de cardiologistas do HCor, que irão auxiliar na melhor condução do caso clínico aprimorado pelas melhores evidências”, explica Taniguchi.

Também há o acompanhamento do trabalho realizado e do desfecho dos pacientes. “Essa ‘teleconsultoria’, apoiada na consolidação de uma rede de especialistas como uma junta médica, é uma possibilidade num futuro próximo. A chance de oferta de programas de apoio ao paciente, como na insuficiência cardíaca, já realizada em países da Europa, demonstra amplo espectro de ações possíveis na Telemedicina”, ressalta Taniguchi.

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