Automedicação: 6 motivos para não fazer isso e quais as consequências

Quando sentimos dor de cabeça ou temos sintomas de gripe, nossa primeira atitude costuma ser a de tomar remédio em casa. Geralmente, recorremos àquele a que estamos acostumados, sem buscar orientação profissional. Afinal, ele sempre fez efeito e resolveu o problema, certo?

Embora haja o alívio dos sintomas, o hábito de consumir medicamentos sem orientação médica pode gerar uma série de problemas. Uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que a automedicação foi motivo de internação de mais de 60 mil pessoas de 2010 a 2015, no Brasil. E, segundo a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.

Problemas em se automedicar

1 – Esconde sintomas

Existem doenças graves que, no começo, apresentam sintomas que podem ser confundidos com um resfriado, por exemplo, como dor de cabeça, febre, etc. Não procurar um médico e ingerir medicamentos por conta própria pode retardar o diagnóstico correto. E o quanto antes as doenças são descobertas e tratadas, maiores são as chances de cura.

2 – Doses inadequadas

Ao tomar remédio em casa, seguindo a orientação de um amigo ou com informações de propagandas, corre-se o risco de consumir a medicação na quantidade incorreta. Cada metabolismo funciona de uma forma e a dose precisa ser prescrita de acordo com características pessoais. Além disso, consumir uma dose acima da necessária pode causar intoxicação.

3 – Interação entre medicamentos

Diversos medicamentos interagem entre si, podendo anular ou potencializar o efeito de um deles. Há também a possibilidade da combinação causar alguma reação alérgica. Somente o médico é capaz de saber, de acordo com o histórico do paciente e dos medicamentos que consome regularmente, quais são as opções mais adequadas.

4 – Resistência

Utilizar um mesmo medicamento em ocasiões diferentes para sintomas semelhantes pode gerar resistência do organismo tanto ao remédio, quanto à dosagem, diminuindo os seus efeitos. As prescrições, especialmente de antibióticos, são para um período específico de tempo. É preciso seguir as orientações rigorosamente para não permitir que os organismos vivos que o remédio quer combater criem resistência a ele.

5 – Dependência

Outro risco da automedicação é a dependência. Afinal, quanto mais consumimos um determinado medicamento, mais nosso corpo cria resistência a ele e com isso são necessárias doses cada vez mais altas para obter o efeito desejado. Isso ocorre principalmente com os medicamentos ansiolíticos, usados normalmente para tratar depressão e ansiedade, que são muito utilizados para ajudar a dormir.

6 – Problemas mais graves

Medicamentos são drogas, feitas com o objetivo de curar, mas a diferença entre fazer bem e fazer mal está na dosagem e recomendação. Ao tentar curar sintomas aparentemente simples, a pessoa pode acabar causando lesões no fígado (devido ao uso excessivo de paracetamol), sangramento no estômago e/ou intestinos e alteração nas funções renais (uso de muitos anti-inflamatórios). Se não procurar o profissional especializado para investigar os sintomas, esses problemas podem levar, até mesmo, à morte.

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