White Martins apresenta benefícios da terapia de alta velocidade no tratamento de pacientes Covid-19

Na última terça-feira (21/09), a Anahp realizou mais uma edição o Café da Manhã, desta vez dirigido pela White Martins. Para abordar o tema “Terapia de alta velocidade Vapotherm (CNAF) na Covid-19”, a empresa convidou o analista de Práticas Médicas da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcos Mello, que apresentou estudos e cases e falou sobre os benefícios dessa terapia no tratamento de pacientes acometidos pelo coronavírus, destacando os diferenciais do Vapotherm.

O uso da terapia de alta velocidade tem se mostrado uma prática vantajosa e com resultados positivos no tratamento de pacientes com Covid, assim como outros quadros respiratórios. Segundo Mello, esse tipo de tratamento veio para preencher um espaço importante que havia entre a oxigenoterapia e a ventilação mecânica. E hoje, no cenário da pandemia, o que se tem visto é que a prática tem o poder de minuir a necessidade de intubação, aumentando as chances de melhorar o desfecho clínico.

Segundo dados apresentados pelo analista, nos Estados Unidos cerca de 50% dos pacientes que precisaram de ventilação mecânica invasiva faleceram, no Reino Unido 63% e na China este número chegou a 81%. “Se por meio da terapia de alto fluxo conseguimos reduzir a taxa de intubação orotraqueal, logo podemos diminuir as complicações relacionadas a esta prática” disse. Mas destacou que para alguns casos não há opção: “A partir do momento que você tem um paciente que já evoluiu para uma síndrome de desconforto respiratório grave, um fenótipo ‘high’, automaticamente tem indicação e critério para orotraqueal”.

O uso da terapia de alta velocidade, como a proporcionada pelo Vapotherm da White Martins, é recomendado por órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde e sociedades médicas europeias e norte-americanas, para pacientes caracterizados em fenótipos tipo “low”, ou seja, que apresentam quadros de baixa oxigenação sanguínea, mas sem piora da complacência e colapso pulmonar grave. “A terapia de alto fluxo pode promover apoio ventilatório e oxigênio para pacientes com uma gama de desconfortos respiratórios graves, incluindo hipercapnia, hipoxemia ou dispneia, quadros que ocorrem em muitos casos de pacientes com Covid-19”, explicou Mello.

No caso de pacientes em que não se pode evitar a intubação, a terapia de alto fluxo pode ser uma grande aliada no chamado “desmame”, seja de casos invasivos ou não. Além disso, por proporcionar mais conforto, normalmente é melhor aceita pelos pacientes.

No início da pandemia, a prática chegou a ser contraindicada devido ao risco que poderia representar às equipes de saúde, já que gera aerossol. Mas, segundo estudos citados por Mello em sua apresentação, este risco é menor se comparado a outros procedimentos, como a intubação e a extubação. Além disso, as recomendações da terapia de alto fluxo são acompanhadas pela diretriz de paramentação completa dos profissionais envolvidos, ou seja, o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI), para maior proteção contra possível risco de infecção.

Vapotherm e a terapia de alta velocidade na prática

A tecnologia utilizada pela Vapotherm, da White Martins, hoje alcança valores de impacto semelhantes à terapia de ventilação mecânica não-invasiva, posicionada acima da oxigenação de alto fluxo convencional, segundo Marcos Mello. Essa terapia trabalha com conceitos como sistema aberto, ou seja, que não precisa gerar pressão para o paciente; umidade e temperatura ideal do gás que vai ser entregue, o que faz toda a diferença no quesito conforto; e altos fluxos de gás entregues em alta velocidade.

A partir desses conceitos, a terapia de alta velocidade oferece os seguintes recursos:

– Umidificação otimizada

– Controle de temperatura mais preciso

– Ajuste preciso do FiO2

– Fluxos elevados na casa de 40 litros por minuto

– E tudo entregue em alta velocidade

“Quando eu comecei a trabalhar com a Vapotherm, até mesmo pelo desconhecimento da técnica, tinha quem dizia que a questão é que o tratamento provocava aumento da secreção. Mas não é isso, essa técnica melhora a função mucociliar do paciente, que consegue expectorar melhor essa secreção”, explicou Mello. “E, através dessa diminuição de atelectasias mucoespessas, também acaba gerando a diminuição do esforço respiratório pelo aumento de ar na alveolar e pela diminuição da resistência à passagem do ar por nosso paciente.”

O analista de Práticas Médicas da BP explica o diferencial da Vapotherm em relação a umidificadores e aquecedores tradicionais, mostradas por estudos publicados no setor. “Quando se faz o comparativo com alguns outros aparelhos de alto fluxo do mercado, estudos mostram que a Vapotherm tem um melhor condicionamento e umidificação do gás. Em um umidificador aquoso e filtro hidroscópico, por exemplo, observamos que, na grande maioria das vezes, não conseguem atingir a umidade relativa ideal, e o mesmo acontece com a temperatura”, disse.

Mello explicou o mecanismo de ação tecnológica de alta velocidade e quais são os efeitos provocados por ele, assim como as especificações técnicas da terapia de alta velocidade e fluxo. Para assistir à apresentação completa, acesse o canal da Anahp no YouTube:

 

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