O Café da Manhã Anahp desta terça-feira, 27 de outubro, abordou soluções para a melhoria do fluxo hospitalar e os benefícios clínicos e econômicos associados. Organizado pela Anahp e pela Hill-Rom, líder mundial em tecnologias médicas e serviços relacionados para a indústria de cuidados de saúde, o evento contou com as apresentações de José Larez, diretor de Marketing América Latina da Hill-Rom, e Bernardo Medrado, biomédico e diretor Comercial da Hill-Rom no Brasil.
Com mais de 15 anos de experiência na área de saúde nos segmentos de dispositivos médicos e equipamentos hospitalares, Bernardo falou sobre sistemas de conectividade de leitos hospitalares com prontuário eletrônico e redes hospitalares, e os benefícios clínicos e práticos do uso dessa tecnologia. E também apresentou soluções para a localização de corpo assistencial e pacientes para otimizar processos internos.
Um dos destaques de sua palestra foi a apresentação das smart beds, camas inteligentes fabricadas pela empresa que se integram aos diversos sistemas em uso nos hospitais, como o de prontuários eletrônicos.
Entre as vantagens da conectividade das camas estão o registro contínuo de todas as informações do uso da cama pelo paciente, o envio direto para o prontuário eletrônico, a visibilidade e o monitoramento do nível de segurança do paciente sem a necessidade de estar no quarto, relatórios que provêm dados analíticos para melhor gestão dos leitos, alertas a profissionais de saúde em tempo real em caso de eventuais ocorrências, visibilidade de informações sobre a necessidade de manutenção. Além disso, alguns modelos monitoram se paciente está mudando de decúbito no tempo preconizado.
“A instalação dessa cama é muito simples. Basta uma conexão por cabo de rede. Além de diminuir o incômodo ao paciente, já que a maior parte dos dados é monitorado sem a necessidade de um profissional entrar no quarto, o sistema aumenta a eficiência da equipe assistencial, registra todos os dados do cuidado para a segurança do paciente e do hospital e, como a cama emite alertas em caso de abandono da cama, permite por exemplo que o profissional do hospital faça intervenções antes que um problema, como um risco de queda, se torne real”, explica Bernardo.
José Larez exibiu um sistema de higienização das mãos no ambiente hospitalar e falou sobre os benefícios clínicos e econômicos com a redução de infeções nosocomiais. Segundo ele, infecções Hospitalares Adquiridas (IHA) afetam, em média, mais de 1,7 milhão de pacientes anualmente. Os custos médicos diretos associados às IHAs nos hospitais dos EUA variam entre 28,4 a 45 bilhões de dólares. Higienizar as mãos é a forma mais simples e a mais importante medida para a prevenção de infecções nosocomiais (associadas a hospitais).
No modelo proposto pela Hill-Rom, é colocado um sensor no dispensador do álcool em gel ou esterilizante, o profissional da equipe assistencial porta um crachá com um identificador que é lido pelo sensor. As duas informações são transmitidas a um roteador, que registra os dados no banco de dados/ servidor do hospital, gerando por fim um relatório.
“As agências certificadoras internacionais avaliam muito bem politicas de rastreabilidade. O sistema gera feedback, monitoramento e alertas ativos, com foco na melhoria da equipe. Como acompanhamento é baseado em dados rastreáveis e sólidos, os gestores podem transformar esse acompanhamento em um incentivo, em uma competição saudável. Podem ser criadas metas para as equipes com recompensas, ampliando a adesão e transformando um processo trabalhoso em algo prazeroso para os profissionais”, comenta José.
“Como curiosidade, vocês sabem qual é o profissional da equipe de um hospital que menos higieniza as mãos, segundo pesquisa? Por incrível que pareça são os que manuseiam a comida que chega ao paciente. Nosso sistema preconiza os momentos 1 e 4 para a higienização das mão de acordo com o estabelecido pela OMS – Organização Mundial da Saúde”, complementou Bernardo.