Em entrevista ao Panorama Anahp, Antônio Carlos Kfouri, Superintendente Corporativo do Hospital do Coração – HCor (SP) aborda os desafios do sistema brasileiro de saúde e a importância da integração entre os setores púbico e privado para promover a assistência à saúde de qualidade.
A região Sudeste é a segunda menor do Brasil em extensão territorial, no entanto tem representatividade importante do ponto de vista econômico e, consequentemente, para o sistema privado de saúde. Dividida em quatro unidades federativas: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, 63% dos beneficiários de planos de saúde estão concentrados no Sudeste, o que corresponde a 31,8 milhões de vida. O estado de São Paulo detém o maior número de beneficiários, 19 milhões, sendo 6,8 milhões somente na capital. Para entender a importância e representatividade da região para o setor privado de assistência à saúde e os desafios para a integração entre os setores público e privado de saúde, esta edição do Panorama Anahp conta com a participação do Superintendente Corporativo do Hospital do Coração – HCor (SP), Antônio Carlos Kfouri, compartilhando a sua visão sobre o sistema de saúde brasileiro.De acordo com Kfouri, a saúde no Brasil é subfinanciada e o modelo praticado é fragmentado e focado na gestão da doença e não na promoção da saúde. “A saúde praticada na esfera pública tem particularidades distintas em relação àquela praticada pelo segmento privado, desarticulações que geram ineficiências no sistema”, explica. O executivo ainda ressalta que as parcerias público-privadas podem, em curto prazo, promover ações muito positivas para aprimorar a qualidade da assistência à saúde no setor público.
Kfouri ainda compartilha a sua visão sobre as prioridades do governo em relação ao sistema de saúde brasileiro. Para o dirigente, o foco deve ser na melhoria dos processos de governança e gestão. “Precisamos melhorar os processos de governança e gestão, tornando-os mais homogêneos e efetivos em todo o território nacional, aumentando a quantidade de recursos de forma estratégica e alinhada ao modelo de governança a ser definido e estabelecido. Ordenar e concatenar melhor os recursos disponíveis nos subsistemas público e privado, trabalhando para a consolidação efetiva de um sistema nacional de saúde”, conclui.
Veja a reportagem completa, publicada na edição de Março/Abril da Revista Panorama: https://anahp.com.br/produtos-anahp/panorama/panorama-mar-abr-2015
