Primeiros passos da jornada de transformação digital nas instituições de saúde

No último dia 20 de julho, a Anahp retomou o já consagrado evento Café da Manhã, realizado em conjunto com empresas parceiras. O formato havia sido interrompido devido às condições impostas pela pandemia e agora retorna de maneira online para a grade de eventos da associação – até que seja possível voltar aos encontros presenciais. Esta edição foi liderada pela TOTVS e tratou do tema “A transformação digital e a segurança da informação na saúde”.

Pela TOTVS, participaram da apresentação o diretor de Soluções e Negócios de Saúde Pablo Gatti e as gerentes sênior na TOTVS Consulting Juliana Joaquim e Glaucia Attuy.

Segundo Juliana Joaquim, a transformação digital é uma jornada, portanto não acontece da noite para o dia e é contínua, já que a evolução da tecnologia acontece a todo momento. É necessário, então, investir não apenas em ferramentas, mas em planejamento e treinamento, para que a prática seja eficiente e gere valor. “Há uma porção de tecnologias disruptivas disponíveis, mas o desafio é entender como aplicá-las para melhorar de fato a experiência de colaboradores, médicos, atendentes e clientes”, disse. Para ela, é importante desmistificar a ideia que se criou de que esta transformação esteja ligada somente à adoção de novas tecnologias. “Este conceito traz outros elementos embutidos que são essenciais para que todo o investimento e planejamento feitos se concretizem, como olhar para a adaptação de processos e modelos de negócios.”

Descubra abaixo quais são esses elementos e por onde a TOTVS indica começar esta jornada.

Pessoas

“A gente acredita que a transformação digital começa pelas pessoas, elas são fundamentais para que essa mudança aconteça”, destaca Joaquim. Antes de investir em novas tecnologias, é essencial olhar para a cultura organizacional e modelo de gestão e entender se a empresa está preparada para receber tal inovação. Então, é preciso trabalhar para ajustar o mindset da equipe para atuar em uma nova realidade digital. “Não adianta trazer soluções extremamente disruptivas se eu não tenho um modelo de gestão que comporte”, explicou a gerente.

Estão incluídos nessa etapa processos para revistar a estruturação das equipes ações que promovam o despertar de atitudes colaborativas, incentivo ao comportamento transparente, abertura para experimentação digital, desenvolvimento de novas competências e pensar em modelo de atuação que sejam mais amplos e híbridos, envolvendo a tecnologia com as pessoas. Para a executiva, ações nestes sentidos são fundamentais para que a inclusão de novas tecnologias não provoque um desequilíbrio na organização.

Processos e modelos de negócio

O segundo passo é olhar para a estrutura e processos – tanto administrativos como assistenciais – para entender como a tecnologia casa com a maturidade e a realidade da instituição. Para garantir que os investimentos valerão a pena, é preciso redesenhar metodologias e processos considerando o aporte da tecnologia. “Ela vem para ocupar um espaço muito importante da nossa rotina, então entender como as operações acontecem e como passarão a acontecer com esse novo suporte, é essencial”, declara Juliana Joaquim.

Neste pacote também está entender como o mercado funciona e começar a gerar valor para se encaixar nesse novo modelo de trabalho de forma digital. Colocar o paciente no centro de tudo faz parte do exercício, ou seja, é importante considerar elementos como personalização, humanização e acessibilidade.

Começar com o que está à mão

A indicação da TOTVS é olhar para os três pilares citados acima – pessoas, processos e modelos de negócio – à luz do que Juliana Joaquim chamou de “oportunidades evolutivas”, ou seja, olhar para dentro e usar a tecnologia para potencializar o que já está à mão. “Muitas vezes conseguimos trazer simplicidade e flexibilidade ao traduzir os processos de forma mais gerenciável e mais dinâmica, potencializando modelos e tecnologias que eu tenho em casa”, disse.

Outro movimento importante para dar início a essa jornada é ter mapeado respostas para perguntas como “quem somos”, “o que precisamos”, “o que vamos fazer” e “por que estamos fazendo isso”. Segundo Joaquim, a transformação começa a partir do desenho de uma estratégia baseada em elementos básicos para, só então, começar a capitanear a evolução cultural.

LGPD e a segurança de dados

“A transformação digital tem que ser compliance”, afirmou Glaucia Attuy, gerente sênior na TOTVS Consulting, responsável pela apresentação sobre a relação entre segurança de dados e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no contexto da transformação digital. Segundo a executiva, faz parte também do início dessa jornada olhar para as estratégias da instituição para poder entender para onde se está caminhando e quais áreas precisam ser priorizadas. Desta forma, os resultados virão ainda mais rápidos. E, neste contexto, olhar para a LGPD é fundamental.

A nova lei, que traz regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, tem que nascer junto dos processos de inovação na saúde – assim como em qualquer outro segmento. “A LGPD é uma regra contínua, que precisa ser parte da rotina dentro da empresa. Portanto, é necessário capacitar e conscientizar os colaboradores sobre a nova lei, isso faz parte da segurança”, alertou Attuy.

Para saber mais, assista à gravação do evento na íntegra, no canal da Anahp no YouTube:

 

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