PNSP completa 10 anos olhando para o futuro

Desafio do Programa Nacional de Segurança do Paciente é a integração das ações em todo o ecossistema de saúde

O Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais está de volta e, em agosto, conta com a parceria da Wolters Kluwer para debater o tema “Qualidade e segurança”. No primeiro encontro, realizado nesta quinta-feira (03), os convidados avaliaram os “10 anos do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e a evolução dessa jornada no sistema de saúde”.

Assista ao debate “Anahp AO VIVO – Jornadas Digitais | 10 anos do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e a evolução dessa jornada no sistema de saúde”

Íris Renata Vinha, coordenadora geral de Atenção Hospitalar no Ministério da Saúde, comemorou o avanço da iniciativa na última década, sobretudo a efetividade para produzir e compartilhar informações e experiências. Ela destacou, por exemplo, a criação de mais de 6,5 mil Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) em todo o país, responsáveis por promover e articular as iniciativas, além de estimular a disseminação do conhecimento.

Paula Tuma, gerente de Qualidade Médica e do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) na Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, reconheceu que ainda existe um longo caminho a ser percorrido, mas que é preciso “olhar para tudo o que foi construído e comemorar”. A executiva ressaltou como o programa influenciou a educação, com a inserção do tema nas graduações e pós-graduações em saúde, e está moldando uma nova cultura de qualidade e segurança.

Heiko Thereza Santana, gerente substituta da GVIMS/GGTES/Anvisa, apontou o engajamento da alta liderança como um dos pontos positivos desse período e fator decisivo para os bons resultados. Nesse sentido, Victor Grabois, presidente da Sobrasp, comentou que o envolvimento do Ministério da Saúde “faz toda a diferença”.

A coordenadora geral de Atenção Hospitalar do Ministério da Saúde alertou, no entanto, que é necessário expandir as ações pelo sistema. “Está tudo ainda muito focado nos hospitais e precisamos avançar mais nos outros serviços”, disse. Tuma concordou e sugeriu criar business cases e compartilhar experiências da aplicação dos princípios em realidades distintas. “Os gestores precisam de argumentos e diretrizes para seguir com os projetos”, afirmou.

Priscila Rosseto, gerente-executiva de Qualidade, Segurança e Práticas Assistenciais da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, acrescentou que é necessário mostrar exemplos da qualidade e segurança em outros contextos, como a atenção primária ou o homecare. “E convencer de que tudo isso faz parte do core das organizações de saúde”, resumiu.

Grabois lembrou que mesmo entre os hospitais é preciso acelerar o desenvolvimento do programa. “Grande parte são estruturas com menos de 100 leitos e ferramentas limitadas, que continuam estagnadas nesse tema”, explicou. Para ele, os próximos anos devem servir para a construção de um pensamento estratégico e sistêmico de integração da qualidade e segurança do paciente para todo o ecossistema de saúde.

Rosseto completou que é indispensável estimular o envolvimento da sociedade e dos pacientes nesse movimento para impulsionar a transformação. “Somos o movimento da resistência e da mudança. E gestão de mudança não é fácil. Mas seguimos em frente”, finalizou.

Confira os outros debates da Jornada Digital de agosto e programe-se:
10/08: Como estruturar os núcleos de segurança do paciente e fomentar a cultura da qualidade e segurança nas organizações. (Inscreva-se)
17/08: Comunicação efetiva e segurança psicológica dos colaboradores para o bom desfecho do paciente (Inscreva-se)
24/08: Capacitando a liderança clínica: melhores práticas e insights para a implementação de núcleos de segurança do paciente (Inscreva-se)

Assista abaixo debate “Anahp AO VIVO – Jornadas Digitais | 10 anos do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e a evolução dessa jornada no sistema de saúde”

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