Pesquisa entre hospitais privados aponta que telemedicina terá pico no 1º semestre

Para diminuir o impacto da Covid-19 causado pelo aumento das despesas e redução das receitas, enquanto o país continua em isolamento social, os hospitais privados estão investindo cada vez mais em tecnologia e aguardam o retorno dos atendimentos com otimismo.

De acordo com uma pesquisa da Associação Nacional de Hospitais Privados realizada para o Observatório Anahp 2021, a expectativa é que a representatividade da telemedicina em relação ao total de consultas ambulatoriais cresça no primeiro semestre deste ano, em comparação ao segundo semestre do ano passado.

No segundo semestre de 2020, 60% das instituições realizaram entre 0% e 25% das consultas com telemedicina e 40% realizaram de 25% até 50%. Para o primeiro semestre de 2021, 60% das instituições estimam que a participação das consultas nesse formato se manteria entre 0% e 25%, 20% estimam que de 25% a 50% serão por telemedicina e outras 20% acreditam que o uso da ferramenta de atendimento à distância ficará entre 50% e 75% do total de consultas ambulatoriais.

Segundo a pesquisa, a maioria (80%) dos pacientes que procuram pelo atendimento remoto já são cadastrados e acompanhados pelos serviços do hospital, outros 17% são novos e fazem a busca por conta própria, sendo que apenas 3% são referenciados por planos de saúde ou outros serviços de encaminhamento.

“Estes números mostram que o caminho para a saúde digital está pavimentado e é sem volta, pois a melhora da experiência do paciente utilizando meios digitais para o acesso à saúde é evidente, assim como a maior aderência a tratamentos promovendo melhores resultados”, analisa Eduardo Cordioli, coordenador do Grupo de Trabalho de Telemedicina da Anahp e gerente médico do Hospital Israelita Albert Einstein.

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