Ministério da Saúde passa a utilizar o Sistema de Indicadores Hospitalares da Anahp

Em acordo inédito, os hospitais públicos poderão medir e avaliar seus resultados na mesma plataforma que os principais hospitais privados de excelência do país

Presidência e diretoria da Anahp junto da ministra Nísia Trindade e secretários do Ministério da Saúde na assinatura do termo de cooperação para utilização do sistema de indicadores da Associação por parte dos hospitais públicos federais – Crédito: Walterson Rosa

A ministra Nísia Trindade, em solenidade realizada ontem em Brasília, assinou o termos de cooperação com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a partir do qual os hospitais públicos federais poderão monitorar e comparar seus resultados com os dos hospitais privados utilizando a plataforma criada pela entidade há 21 anos.

Desde sua fundação, a Anahp defende que é impossível prestar serviços de qualidade dentro dos hospitais se eles não acompanham e não medem os resultados do que fazem. Por isso, de forma pioneira, a Anahp desenvolveu o Sistema de Indicadores Hospitalares, que hoje conta com 265 indicadores distribuídos nas áreas: assistenciais, gestão de pessoas, econômico-financeira, sustentabilidade, TI e engenharia clínica. Atualmente, 184 hospitais estão no sistema, sendo 36 da rede pública.

O uso de indicadores e desse sistema tem trazido benefícios significativos aos hospitais. Além de cada instituição ter acesso a relatórios individuais para avaliação de seus próprios resultados, também é possível fazer comparações com hospitais com características estruturais similares e que também utilizam a plataforma.

O desejo da Associação sempre foi que esses benefícios ultrapassassem o setor privado, beneficiando ao sistema de saúde brasileiro como um todo. Por isso, foi oferecido gratuitamente ao Ministério da Saúde que os hospitais públicos também passem a utilizar o Sistema de Indicadores Hospitalares Anahp.

Crédito: Walterson Rosa

Com o termo de cooperação assinado ontem, um maior número de hospitais públicos poderá incluir seus dados no sistema, comparar indicadores e resultados e, acima de tudo, traçar uma rota de crescimento e aprimoramento do atendimento prestado ao paciente, prezando pela qualidade. “Este acordo se traduzirá em iniciativas importantes para setor público e privado, pois há vários desafios comuns entre eles”, afirmou a ministra. Ela relatou a iniciativa da Anahp em procurar o Ministério e gratuitamente ceder o uso da plataforma com o objetivo de colaborar na melhoria da qualidade dos hospitais públicos.

Também participaram do encontro os representantes das três principais secretarias do Ministério da Saúde: Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI); Adriano Massuda, secretário de Atenção Especializada (SAES); e Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS).

Representando a Anahp, estavam presentes Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração; Gustavo Fiuza, integrante do Conselho de Administração; Paulo Chapchap, presidente da Comissão Científica do Conahp 2024; Antônio Britto, diretor-executivo; Marco Aurélio Ferreira, diretor de Relações Governamentais; e Evelyn Tiburzio, diretora técnica.

“Não é do interesse da Anahp que somente hospitais privados tenham meios para alcançar a excelência nos serviços prestados à população, porque entendemos que o sistema de saúde é um só e todos ganham quando há aprimoramento do cuidado. Esse convênio com o Ministério da Saúde é um grande passo para continuarmos a contribuir com o setor público, com o SUS, e ajudarmos a melhorar cada vez mais a qualidade da assistência prestada aos brasileiros”, reforça Amaro.

Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Anahp, durante assinatura do termo de cooperação junto da ministra Nísia Trindade – Crédito: Walterson Rosa

Além do uso da plataforma, a parceria também inclui outras iniciativas que visam a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro, por meio de ações conjuntas que permitirão lançar luz à importância do complexo econômico industrial da saúde; promover o compartilhamento de experiências sobre a judicialização no setor; além de divulgar e viabilizar a discussão de possíveis parcerias público-privadas para estratégias nacionais do Ministério da Saúde, buscando a ampliação e qualificação do cuidado prestado ao paciente, como por exemplo, o Programa Mais Acesso a Especialistas – PMAE.

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