Lições da pandemia em Portugal e no Brasil

Em meio à segunda onda de covid-19 na Europa, com recordes diários de novos casos, a ministra da Saúde de Portugal Marta Temido foi a responsável pela palestra de abertura do Conahp, falando sobre as lições aprendidas no país durante a pandemia. Entre tantos aprendizados, a ministra destacou um, que considerou um dos mais importantes: o trabalho em equipe. “Ninguém pode oferecer cuidados de saúde trabalhando sozinho. As equipes precisam atuar de forma integrada, com outras vertentes e linhas de saúde, com apoio psicológico e outras áreas e setores, como assistência social, do trabalho e da economia, com as autarquias e com os municípios”, disse. Para Marta, é trabalhando em conjunto que será possível identificar problemas e buscar soluções de maneira efetiva para oferecer as melhores respostas.

Tendo conquistado destaque mundial pela eficiência de Portugal no controle da primeira onda da covid-19, a ministra afirmou durante o congresso que acredita que seu país terá muito mais sucesso nesta segunda fase, já que acumula experiências e recursos gerados no primeiro momento. “Agora temos mais equipamentos, leitos de UTI e continuamos a investir em recursos humanos. Na primeira onda, apenas um laboratório fazia o teste de covid-19, e agora, 101 realizam o procedimento. Em março, fazíamos 2,5 mil testes por dia, e hoje, são 40 mil”, exemplificou. “Apareceram testes novos, mais rápidos, e continuamos buscando outras possibilidades que o mercado oferece para identificar e tratar as pessoas.”

Não apenas a tecnologia para testes avançou durante a pandemia no país português, mas também os métodos para controle de disseminação da doença. Com a crise, as novidades no setor da saúde chegaram de maneira rápida e constante, com destaque para o que a ministra chamou de saúde digital. “O progresso que tivemos nos últimos meses foi maior do que em anos anteriores. Já tínhamos uma linha que atendia a um número importante de chamadas para as demais patologias, mas desde o início da pandemia, a quantidade aumentou”, disse. Neste contexto, a modernização do sistema foi fundamental. Segundo a ministra, foram incluídos atendimento psicológico e social para surdos, interpretação de exames e diagnósticos e a geração de um código que serve como atestado médico, para justificar ausência no trabalho.

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