Liderança deve se preparar para oferecer ambiente saudável a colaboradores que precisam entregar cada vez mais resultados e performance
O Anahp Ao Vivo – Jornada Digital de junho está abordando os desafios enfrentados pelas lideranças na saúde e, na última quinta-feira (13), o segundo encontro da série reuniu quatro especialistas em gestão de pessoas para discutir o tema “RH estratégico na crise: como resgatar a força de trabalho na saúde”, com um público de mais de 420 pessoas. Durante uma hora e meia, elas argumentaram sobre os desafios de preparar as equipes para as enormes transformações do setor.
Lorena Morelato, coordenadora do GT Gestão de Pessoas da Anahp e diretora de Gente e Gestão no Grupo Kora Saúde, comentou que o cenário atual exige uma gestão humanizada e capaz de, ao mesmo tempo, entregar resultados cada vez melhores. “Para isso, precisamos de líderes com competências técnicas sólidas, mas também com habilidades essenciais como comunicação efetiva, escuta, empatia, pensamento criativo, entre outras”, descreveu.
Lucimara Potye, gerente de Gestão de Pessoas na Santa Casa da Bahia, concordou sobre o impacto das transformações do setor nas pessoas que atuam na área. “Existe uma aceleração na necessidade de adquirir mais conhecimento”, afirmou e elencou exemplos como a incorporação de novas tecnologia, o grande volume de dados disponível e a mudança de comportamento dos pacientes. “Hoje, eles querem (e devem) participar das decisões”, destacou.
Raquel Oliveira, gerente de Gestão Estratégica no Hospital Albert Sabin (MG), acrescentou que a exigência por mais entregas e alta performance tornou-se muito acentuada, o que demanda ainda mais investimento nas equipes, principalmente para garantir bem-estar. “E somos nós, da gestão de pessoas, que devemos sensibilizar a alta direção para essas ações, inclusive demonstrando os benefícios para o negócio”, recomendou.
Cristiane Aruz, coordenadora de Recursos Humanos no Hospital Tacchini, alertou para a urgência de acolhimento psicológico aos colaboradores. “Como trabalhar a saúde mental em um ambiente com tantos desafios e mudanças?”, questionou. A resposta, para ela, está em começar pela liderança. “Um gestor não pode cuidar das pessoas se ele próprio não estiver bem”, argumentou.
Oliveira ponderou que este é o momento de ressignificar o conceito de trabalho na saúde e ressaltou que o exercício profissional é apenas uma parte da vida do colaborador, que também tem outras prioridades. “Quem trabalha na saúde não está e não deve estar disponível 24 por 7”, resumiu. Para a gerente, uma das regras mais importantes para manter as equipes engajadas e saudáveis é “sempre manter a coerência entre o que dizemos que somos e o que executamos de fato”, finalizou.
Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais
O debate “RH estratégico na crise: como resgatar a força de trabalho na saúde” teve a participação de Cristiane Aruz, coordenadora de Recursos Humanos no Hospital Tacchini, Lucimara Potye, gerente de Gestão de Pessoas na Santa Casa da Bahia, e Raquel Oliveira, gerente de Gestão Estratégica no Hospital Albert Sabin (MG). A moderação foi feita por Lorena Morelato, coordenadora do GT Gestão de Pessoas da Anahp e diretora de Gente e Gestão no Grupo Kora Saúde.
Confira o debate na íntegra: