
Para o colaborador que dispõe de um canal de comunicação com a empresa há um sentimento de pertencimento, integração e orgulho pelo trabalho e pelas realizações alcançadas. Para as empresas, o cenário econômico atual, marcado pela acirrada competição, exige que criem constantemente novas formas de encantar o cliente e se adaptar rapidamente às demandas de seus mercados. Para ambos, a expressão da criatividade é benéfica, estratégica e necessária.
Consultores em clima organizacional afirmam ser fundamental que os profissionais busquem expandir e exercitar suas habilidades criativas, potencializando competências, mas acima de tudo, é papel do empregador criar condições para que a criatividade e a inovação sejam expressas em suas organizações.
No Brasil, alguns hospitais já entenderam as vantagens de investir em criatividade e inovação e conceberam ambientes orientados para a geração e valorização de ideias inovadoras entre os colaboradores.
Desde 2014, o Hospital Israelita Albert Einstein (SP) conta com uma Diretoria de Inovação, criada com o objetivo de intensificar o desenvolvimento e implantação de estratégias voltadas para o tema inovação. Uma das áreas da Diretoria, o Centro de Inovação Tecnológica (CIT), atua como canal de recebimento de ideias de todos os colaboradores. O CIT disponibiliza ferramentas e presta assessoria técnica a funcionários, possibilitando a convergência de ideias, recursos e pessoas para a geração de novos produtos, processos e negócios na área da saúde.
“A Diretoria é responsável por disseminar a cultura de inovação por meio de cursos de propriedade intelectual e inovação para os gestores, além de atividades como workshops de criatividade e design thinking, envolvendo profissionais de todos os níveis da organização. Há uma participação ativa dos colaboradores e o feedback é tipicamente positivo. Em 2014, apenas no primeiro ano da Diretoria, 37 propostas foram submetidas a análise”, afirma José Claudio Terra, Diretor Executivo de Inovação e Gestão do Conhecimento do Einstein.
Segundo o Diretor, antes da criação do CIT, ideias de colaboradores já haviam gerado grandes resultados ao hospital, daí a vontade da instituição em criar um programa dedicado ao tema.
“Dentre outros cases, destaca-se a Hemolenta, uma solução utilizada na terapia contínua de substituição renal, que teve o pedido de patente em 2006 e foi licenciada em 2012 para uma das maiores indústrias farmacêuticas nacionais do país. A nova composição permite uma economia de aproximadamente 400 horas por mês quando comparada com a manipulação comum”, revela.
Veja a reportagem completa, publicada na Revista Panorama, edição de Maio/ Junho: https://anahp.com.br/produtos-anahp/panorama/panorama-mai-jun-2015