Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Fumo passivo durante a gravidez eleva chances de abordo espontâneo

No Dia Mundial Sem Tabaco, especialista do Hospital São Luiz explica problemas causados pela exposição indireta ao cigarro

Um cigarro é aceso e tragado por uma pessoa. De toda a fumaça gerada, apenas uma parte é tragada pelo fumante, o restante da substância queimada é lançada no ambiente. A longa exposição a esta fumaça é o que torna as pessoas fumantes passivas.

O fumante passivo é o não fumante que convive em ambientes fechados com tabagistas por um longo período de exposição. Familiares que fumam dentro de suas casas, por exemplo, causam riscos à saúde das pessoas, mas principalmente em crianças e mulheres no período de gestação. O ideal é que o fumante sempre escolha lugares abertos, como quintais, sacadas ou áreas fora da residência.

Durante o período em que o bebê está sendo gerado, os cuidados devem ser redobrados, pois a exposição ao cigarro eleva a frequência cardíaca do feto, além de aumentar as chances de prematuridade e até aborto. As substâncias emitidas pelo cigarro prejudicam a formação da placenta, o que compromete a troca de nutrientes e oxigênio entre mãe e feto, podendo causar, também, complicações neurológicas.

Para dra. Andrea Sette, pneumologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, caso a mulher descubra a gravidez e ainda conviva em um ambiente com fumo passivo intenso, o ideal é mudar os hábitos o quanto antes, pois não existem níveis seguros de exposição ao cigarro. Os benefícios serão sentidos logo no início da gestação. “O maior problema é inalar a fumaça no período de gestação. O ideal é evitar a exposição o quanto antes”, sugere.

O cigarro envia para o ar mais de 4,7 mil substâncias prejudiciais à saúde das pessoas. Já com as crianças, essa exposição tende a desenvolver mais infecções respiratórias ou seus quadros de doenças já existentes agravados, aumentando as chances de emergências e internações hospitalares.

Nos adultos, o fumo passivo é responsável por doenças cardiovasculares e efeitos no sistema circulatório, que podem aumentar o risco de ataque cardíaco e de doenças cardíacas. Os efeitos do fumo passivo podem, ainda, elevar os riscos de câncer do pulmão, da mama, da faringe, de boca, de tumores cerebrais etc.

Fonte: Hospital São Luiz – 31.05.2016

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