Programa da OPAS/OMS, em parceria com a Anahp oferece capacitação focada na redução das mortes maternas por hemorragia
Morte materna é quando uma mulher morre durante a gestação, parto ou até 42 horas depois que o bebê nasceu. Esse tipo de óbito é decorrente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez, sem contar causas acidentais ou incidentais. Estima-se que é possível evitar cerca de 90% desses casos, principalmente quando se trata de hipertensão, hemorragia ou infecções.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), o número de mortes maternas caiu 56% no período entre 1990 e 2015, passando de 143 para 62 a cada 100 mil nascidos vivos. Mas esse resultado ainda não alcançava a meta estipulada pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que era chegar a pelo menos 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Em 2016 essa taxa voltou a subir no país, o que fez com que novas propostas fossem estipuladas e entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável está a marca de, no máximo, 30 mortes por 100 mil nascidos vivos.
Em busca de uma redução mais efetiva, o MS tem implementado políticas para fortalecer a humanização do atendimento das gestantes, a melhoria da atenção no pré-natal, no nascimento e no pós-parto. Também tem instituído a orientação e qualificação dos profissionais de saúde, tanto no âmbito da atenção básica como de urgência e emergência.
Em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e seu Centro Latino Americano de Saúde das Mulheres, Perinatologia e Saúde Reprodutiva (CLAP/SMR) – o ministério adotou a estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia (0MMxH). Entre seus objetivos está qualificar as equipes de saúde para o manejo clínico da hemorragia pós-parto direcionado (farmacológico e não-farmacológico), bem como levantar o debate sobre a situação da hemorragia obstétrica e como a rede de atenção materno-infantil tem se organizado em cada estado.
“A missão organizacional da OPAS/OMS é apoiar os governos para melhoria da qualidade de vida das populações e, neste sentido, a sua representação no Brasil juntou-se aos esforços nacionais em curso para aceleração da redução da mortalidade materna”, afirma Haydee Padilla, coordenadora de Família, Gênero e Curso de Vida do escritório da OPAS/OMS no Brasil.
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