Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Esclerose múltipla e o transplante de medula

O transplante de medula óssea como tratamento para a esclerose múltipla, que é uma doença crônica do sistema nervoso central, foi estabelecido nos Estados Unidos há quase 30 anos pelo médico Richard Burt, atualmente na Chicago Northwest University. Ele notou que após o transplante que era realizado para outras doenças do sangue, como a leucemia, a “memória” celular era totalmente zerada. Uma vez que a esclerose múltipla (EM) faz com que o sistema imune ataque os nervos do próprio paciente, o transplante de medula óssea (TMO) apagaria essa memória e um “novo” sistema imunológico deixaria de atacar as fibras nervosas do paciente.

O tratamento envolve usar doses altas de quimioterapia, para modular o sistema imunológico, que ataca o sistema nervoso do paciente. Como efeito adverso, causa uma diminuição da produção do sangue (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Usando células-tronco retiradas do próprio paciente, antes das sessões de quimioterapia, as células-tronco, retiradas da medula, também chamadas de hematopoiéticas, são capazes de produzir diferentes novas células sanguíneas.

A terapia já provou ser efetiva e, nos últimos cinco anos, estudos feitos em vários países, dos quais o Einstein e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, por meio dos seus departamentos de hematologia e neurologia, têm participado, mostraram que os pacientes têm boa recuperação. Cerca de 75% dos pacientes estabilizam na progressão dos sintomas ou até melhoram e muitos deixaram de apresentar novas crises por mais de 5 anos.

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein – 24.02.2016

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