O Café da Manhã Anahp da última quinta-feira, 17 de setembro, discutiu a importância da digitalização dos hospitais e descreveu os caminhos para o desenvolvimento de um Hospital Digital. Com o tema “Em busca do Hospital Digital – Diretrizes de TI da Anahp e o modelo da HIMSS”, o evento foi organizado pela Anahp e FOLKS e-Saúde, e contou com palestra do Dr. Cláudio Giulliano Alves da Costa, Diretor-Presidente da FOLKS e-Saúde, consultoria e treinamento especializada na área de Informática em Saúde.
O modelo EMRAM (Modelo de Adoção do Prontuário Eletrônico do Paciente) da HIMSS Analytics – que preconiza a adoção progressiva de algumas tecnologias que suportam o processo assistencial, definindo 8 estágios evolutivos, do 0 ao 7, e com requisitos específicos que os hospitais devem atender para conquistar a classificação de cada estágio -, foi um dos tópicos abordados.
Para Cláudio, alguns dos principais desafios do processo se encontram no estágio 6, que exige circuito fechado da administração de medicamentos e sistemas de apoio à decisão clínica propondo condutas para os profissionais através da documentação clínica.
Ele afirma que passar pela avaliação da HIMSS é recomendada a todos os hospitais. “Muitos não se submetem ao processo de avaliação, pois têm receio de serem mal avaliados. No entanto, seja qual for o seu resultado ou o seu estágio, a experiência será sempre positiva. A avaliação é fundamental para a definição de uma estratégia que leve à evolução do hospital e isso só se obtém se soubermos naquilo que estamos falhando ou que podemos melhorar”.
Cláudio comentou também sobre os benefícios potenciais da adoção do PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente. Apresentando dados de diversas fontes de pesquisa, afirmou que a TI na Saúde cria 5 tipos de valor que atingem o paciente, os prestadores de serviço da saúde e a comunidade. Aumentam a satisfação do paciente (cerca de 118%) e a retenção do staff (90%); diminuiu em 52% a taxa de readmissão de pacientes que retornavam após alta no período de 30 dias; redução de 500 mil dólares na recusa de sinistros; entre outros.
Para ratificar as informações, apresentou ainda um levantamento da HIMSS Analytics sobre o Patient Protection and Affordable Care Act (PPACA ou Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente), dos Estados Unidos, chamado comumente como “Obama Care”, que relacionou a qualidade assistencial dos hospitais do país ao estágio HIMSS em que se enquadram. Enquanto hospitais de estágio 1 ao 5 apresentavam resultado de, em média, 45 pontos, os de estágio 7 alcançavam a expressiva marca de 64,3 pontos. Consequentemente, com taxas de mortalidade menor e desempenho financeiro muito superior ao de hospitais em estágios menores que o 7.
