Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Einstein fará prédio para pronto-socorro e 80 leitos

O hospital Albert Einstein vai ampliar seu pronto-socorro e criar 80 leitos com a construção de um novo prédio, atrás de onde está localizada a unidade hoje.

A maternidade também vai se expandir com a transferência das áreas administrativas e de TI para um prédio na avenida Faria Lima (SP).
As obras de ampliação do pronto atendimento começam em 2014 e devem ficar prontas em dois ou três anos. O hospital investe cerca de R$ 200 milhões, entre expansão, um novo sistema de TI, capacitação e manutenção.
“O pronto-socorro é um problema seja no setor privado seja no SUS porque o paciente busca uma resposta imediata, sem ter um caso emergencial”, diz o médico Claudio Lottenberg, presidente do Albert Einstein.
A capacidade da UTI neonatal e da maternidade será ampliada com a reorganização de andares especializados, durante o ano que vem.
“Estamos transformando algumas unidades em acomodação de caráter universal, para contemplar especialidades diferentes. Não é fácil porque o Einstein é um hospital sobre o outro: o hospital de cardiologia em um andar, o de ortopedia em outro”, afirma.
“Além da mudança, investimos R$ 75 milhões para trocar todo o sistema de TI e mais R$ 75 milhões em capital humano”, diz.
A área administrativa, exceto a diretoria, e de tecnologia será desocupada para ceder espaço a leitos para a unidade materno-infantil.
Além de se expandir, o hospital tem procurado melhorar o seu fluxo interno, como na internação e na liberação de quartos, de acordo com o médico oftalmologista.
A reforma no prédio alugado na avenida Faria Lima para a transferência da administração já começou.
HOSPITAL EM ALPHAVILLE
A grande dúvida é para onde o hospital Albert Einstein deve crescer, na região do Morumbi ou fora.
Em Alphaville, na unidade inaugurada recentemente e que já está apertada, há uma reserva técnica, diz o presidente Claudio Lottenberg.
“Cabe um prédio, pode ser que façamos um hospital.”
O fator limitante é o capital de investimento.
“Como uma sociedade sem fins lucrativos, temos uma séria preocupação de não endividar loucamente a instituição pela responsabilidade com pacientes e dirigentes”, afirma Lottenberg.
Gravidez revisada
Entre setembro de 2010 e setembro deste ano, o número de leitos obstétricos na cidade de São Paulo caiu 20%, segundo a Anahp (associação dos hospitais privados).
A retração é consequência da redução da taxa da natalidade. O aumento da faixa etária das grávidas, no entanto, tem elevado a necessidade de UTIs para bebês.
“Houve um acréscimo no número de leitos de UTI neonatal, pois, como as mulheres passaram a ter seus filhos em idade mais avançada, aumentou a complexidade da gestação”, diz Francisco Balestrin, presidente da associação.
ESPECIALIDADE FEMININA
Apesar da constante queda no número de leitos obstétricos particulares, o Grupo Santa Joana, especializado em atendimento à mulher, investe na ampliação de sua capacidade.
O número de berços na unidade intensiva neonatal da maternidade passou de 80 para 110 neste ano.
Foram aportados R$ 10 milhões na expansão.
A unidade dispõe ainda de 142 apartamentos.
Além da maternidade Santa Joana, o grupo é tem a Pro Matre Paulista, em São Paulo, e 50% da Perinatal Laranjeiras e da Perinatal Barra, no Rio de Janeiro.
“Mantemos hoje a fatia de 56,4% dos partos realizados em São Paulo. Só na Pro Matre, são 12 mil procedimentos por ano”, diz Antônio Amaro, sócio-diretor do grupo.
Na Pro Matre, são 106 apartamentos e 52 leitos de UTI neonatal.
Na contramão dos hospitais que atendem diferentes áreas médicas, o grupo opta pela especialização na clínica feminina e neonatal.
“Atendemos desde unha encravada até cirurgia cardíaca no neném”, acrescenta o médico.
NÚMEROS
162 é o número de leitos em UTI neonatal das maternidades Santa Joana e Pro Matre
12 mil é o número de partos realizados por ano somente na maternidade Pro Matre Paulista

Fonte: Folha de São Paulo – 25.11.2013
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