Manter uma alimentação balanceada e o corpo hidratado são essenciais para prevenção
Comemorado nesta quinta-feira (12), o Dia Mundial do Rim atenta para um problema comum em época de temperaturas elevadas: o cálculo renal. Popularmente chamado de “pedra nos rins”, a o problema tem um aumento significativo no verão. Nessa época, a incidência pode crescer 30%. A afirmação é do médico Anibal Wood Branco, urologista do Hospital VITA Batel. “Por conta das altas temperaturas, o corpo perde muito líquido pela transpiração e acaba não repondo o necessário”, explica.
Segundo Anibal, nessa época, as pessoas não ingerem a quantidade adequada de água transpiram mais, o que deixa menos água para a filtragem dos rins. “O rim filtra o sangue para eliminar as impurezas e o excesso de líquido. Se a pessoa transpirou muito, tem pouco líquido para filtrar, logo, as impurezas se concentram em pequenos cristais e formam a pedra”, esclarece.
A doença causa dores intensas nas costas, que se irradiam para o abdômen e, ainda, podem vir acompanhadas de náuseas e vômitos. De acordo com o especialista, além do rim, o problema acomete outros pontos do trato urinário, como bexiga, uretra e ureteres.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o cálculo renal atinge cerca de 12% da população brasileira, sendo que a enfermidade acomete mais homens que mulheres. A incidência de casos em relação à faixa etária, embora não tenha uma prevalente, aumenta conforme as pessoas envelhecem.
Tratamento
De acordo com o médico Paulo Rocha, urologista do Hospital VITA Batel, o tratamento varia de acordo com o cálculo renal. “Algumas pessoas possuem cálculos que estão assintomáticos, ou seja, não causam danos ao sistema urinário. Entretanto, pode causar dores agudas até a eliminação da pedra”, explica o médico.
Para casos nos quais a pedra é muito grande para passar pelas vias urinárias, o tratamento Litotripsia, ou LECO, é o mais indicado. O método não invasivo utiliza ondas sonoras geradas a partir de uma fonte externa de energia que fragmenta a pedra. A intervenção não exige anestesia, sondagem ou internação e dura cerca de 45 minutos. O número de procedimentos varia para cada paciente e de acordo com o tamanho da pedra.
Outra alternativa é a retirada dos cálculos grandes ou muitos duros (cistina) através do Laser. “Trata-se se um método cirúrgico, no qual a energia é direcionada ao cálculo através de um endoscópio inserido no trato urinário”, finaliza Rocha.
Prevenção
Para evitar a formação das pedras nos rins, é necessário manter hábitos de vida saudáveis. “A principal forma de prevenção é aumentar a ingestão de água e ter uma alimentação saudável, livre do excesso de sal, e rica em frutas e verduras”, afirma Branco. Segundo o urologista, outra opção para complementar o consumo da água, é a ingestão de sucos cítricos, como o de laranja e limão, que possuem o citrato, substância que ajuda a não formar a pedra.
Fonte: Hospital VITA Batel – 12.03.2015
