No dia 17 de novembro, celebra-se o Dia Mundial da Prematuridade, uma data de conscientização sobre a importância do apoio e da assistência a esses bebês, nascidos antes de 37 semanas, e a suas famílias. A cada ano, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, e no mundo são mais de 13 milhões, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O nascimento antecipado exige que os recém-nascidos completem seu desenvolvimento fora do útero, contando com uma assistência tecnológica e especializada para ajudar na maturação dos órgãos.
O médico pediatra da UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha, Dr. Marcus Vinícius, explica que a prematuridade deve ser abordada desde a gestação, sendo monitorada e saudável. “O Dia Mundial da Prematuridade é uma data para chamar a atenção para o prematuro e suas necessidades. O melhor cuidado para o prematuro é evitar a prematuridade. Por isso, essa data reforça a necessidade de uma assistência especializada e das medidas de controle, como o pré-natal e o tratamento de patologias maternas, como hipertensão e infecções, que são fundamentais para reduzir o risco de um nascimento prematuro.”, diz o médico.
Para os pais e os bebês prematuros, a UTI Neonatal e Pediátrica do HMC oferece cuidados que vão além da tecnologia, apoiando-se em uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas. “Temos uma equipe capacitada para cuidar não só do bebê, mas também da família. A prematuridade gera um impacto emocional grande nos familiares. Os pais, muitas vezes, chegam assustados, ansiosos, e precisam do apoio psicológico para passar segurança ao bebê”, explica o médico.
Uma das formas de contribuir para o melhor desenvolvimento do prematuro é por meio do leite materno. Segundo o Dr. Marcus Vinícius, ele é fundamental para fortalecer o sistema imunológico e contribuir para um crescimento saudável. “O leite materno é a principal ferramenta para essa adaptação do feto fora do útero e para seu crescimento de forma mais próxima do que seria dentro do útero. Essa oferta é essencial para prevenir complicações nos pulmões, coração, rins, fígado e outros órgãos”, alerta.
Além do aleitamento materno, o pediatra destaca o papel da equipe multidisciplinar em educar, ajudar e apoiar as famílias de bebês prematuros, contribuindo para os cuidados após a alta. “Nossa equipe envolve a família tanto no tratamento quanto na evolução do quadro desse prematuro. Depois, preparamos esses pais para cuidar do bebê em casa. Esse trabalho é feito para dar segurança aos pais para que continuem com os cuidados em casa. Após a alta da UTI, o acompanhamento segue por meio de consultas ambulatoriais com o pediatra e outras especialidades, dependendo da complexidade do quadro desse prematuro”, pontua Dr. Marcus Vinícius.
Nesse contexto de humanização, a psicóloga da UTI Neonatal, Maiara Fagundes, destaca ações da unidade para acolher as famílias. “Visitas dos avós, registros fotográficos (com autorização dos responsáveis) dos momentos especiais e até celebrações religiosas, como batizados, são algumas das iniciativas que buscam levar leveza a um ambiente naturalmente desafiador. Nossa intenção é trazer um pouco de alegria e conforto para as famílias que, de repente, se veem em uma situação inesperada”, explica Maiara.
Dia Mundial da Prematuridade
Para marcar o Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro, o HMC realizou nesta quarta-feira (14) uma ação especial para as famílias dos bebês internados na UTI Neonatal e Pediátrica. Com um café da manhã preparado para acolher e proporcionar uma breve pausa aos pais, os profissionais de saúde compartilharam orientações e trocaram experiências com as famílias. O evento reforçou o compromisso do HMC com a humanização e a proximidade entre equipe e familiares, proporcionando um momento de esperança em meio a uma fase de incertezas.
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica do HMC pulsa com histórias de força, resiliência e cuidado. Ali, na linha tênue entre o medo e a esperança, os pais de bebês prematuros enfrentam uma jornada intensa e desafiadora.
UTI Neonatal e Pediátrica do HMC
Com 20 leitos, sendo 15 para bebês recém-nascidos e cinco para atendimento pediátrico, a UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha é referência para mais de 800 mil habitantes de 35 municípios do Leste de Minas Gerais. Nos últimos dez anos, o índice de sobrevivência de pacientes com peso entre 1kg e 1,5 kg alcançou 96%, resultado que comprova que a estrutura aliada a tecnologia e carinho nos cuidados intensivos faz a diferença. A equipe é conhecida pelo compromisso com a vida, dedicando-se a oferecer um atendimento acolhedor e respeitoso, para que cada bebê possa enfrentar esse começo de vida desafiador da melhor forma possível.
Fonte: Hospital Márcio Cunha