Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Crioablação de arritmia cardíaca

Estima-se que 2% da população sofra com fibrilação atrial (um tipo de arritmia, que acomete mais idosos, onde o descompasso é na parte superior do coração), entretanto, boa parte desses doentes são tratados com medicamentos, que não oferecem um bom controle. Com isso, são muito comuns os casos de derrame em decorrência dessa doença. A fase mais comum da doença e inicial, que é chamada paroxística, já traz sintomas como o cansaço, a batedeira, tontura e o indivíduo não pode, entre outras coisas, fazer exercícios físicos.

O tratamento “padrão ouro” no país é a ablação por radiofrequência, que é um procedimento feito por cateterismo e à disposição em alguns centros. Esse procedimento é muito mais eficaz do que as medicações, entretanto o procedimento é pouco usado no país por se longo (o médico leva de 5 a 6 horas para realizá-lo) e há poucos especialistas (cerca de 300 eletrofisiologistas no Brasil).

O procedimento consiste em usar um catéter que provoca queimaduras ao redor das veias pulmonares que são responsáveis pelo estímulo elétrico desordenado que atinge os átrios. Com esse procedimento, o coração volta a assumir o ritmo normal. O Hospital Israelita Albert Einstein deu início a um procedimento inédito, também via cateterismo, que, partindo do mesmo princípio (de cauterizar a veia), usa um balão, que congela a menos 50 graus e faz o efeito ao ser encostado uma só vez na parede da veia. Isso torna o procedimento mais rápido, durando no máximo 2 horas e meia.

A ideia é que a crioblação ofereça um custo menor e se torne mais acessível aos pacientes.

Fonte: Hospital Albert Einstein  – 05.03.2015

Compartilhe

Você também pode gostar: