Cirurgia foi incorporada recentemente ao rol da ANS na prevenção de acidentes vasculares cerebrais (AVC) em pacientes com fibrilação atrial
A Casa de Saúde São José realizou, nesta segunda-feira (11/11), o primeiro procedimento de fechamento de apêndice atrial esquerdo – procedimento que entrou recentemente no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para prevenção de AVCs. A cirurgia foi realizada na Sala Híbrida do hospital pela equipe da arritmologista Julianny Freitas e representa um avanço significativo na prevenção de acidente vascular embólico em pacientes com fibrilação atrial, além de ser uma alternativa terapêutica para um grupo vulnerável com contraindicação ao uso dos anticoagulantes orais.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a fibrilação atrial atinge 5,4% dos pacientes maiores de 65 anos, sendo responsável por 15% de todos os AVCs. Em pacientes com mais de 80 anos, a incidência sobe para 30% dos casos. O primeiro paciente da São José – um homem de 84 anos – apresentava tumor pulmonar, insuficiência renal considerável e risco de sangramento aumentado, além de histórico de hemorragias.
A prótese Amulet foi implantada, de forma minimamente invasiva, por meio de um cateter para fechar o apêndice atrial esquerdo, local onde se formam trombos que podem causar um AVC. “Desde 2014, estudos mostram que a eficácia da prótese é bem similar a dos anticoagulantes orais, e é feita de maneira segura para pacientes com contraindicação ao uso de remédio. Também é indicada para quem teve sangramento gastrointestinal, encefálico, choque hemorrágico ou insuficiência renal muito grave”, explica a médica.
Saiba mais sobre a prótese
O fechamento de apêndice atrial esquerdo é uma intervenção realizada nos Estados Unidos há alguns anos – a prótese Amulet foi autorizada em 2021 pela FDA (Food and Drug Administration), autoridade reguladora estadunidense.
“A prótese é como uma tampinha de panela e encaixa dentro da auriculeta, uma estrutura que se parece um dedo, com um colo mais fino em que se abre um saquinho. A ideia é colocar a prótese no colo para que se faça uma oclusão, como se fosse uma tampa. Então é realizada a exclusão do apêndice atrial, que é maior área de formação de trombo em pacientes com fibrilação atrial”, explica a Dra. Julianny Freitas.
Segundo a médica, após a intervenção, o paciente recebe alta em 24 horas e precisa manter repouso para atividades físicas por 10 dias. Com a nova atividade, a Casa de Saúde São José reafirma seu compromisso em oferecer aos pacientes as melhores e mais recentes opções de tratamento.
Fonte: Casa de Saúde São José