Café da Manhã com FCamara explorou o potencial das tecnologias emergentes para a análise preditiva de dados e customização da assistência
O Café da Manhã Anahp desta terça-feira (12) debateu o tema “Eficiência e qualidade hospitalar: explorando o potencial da medicina personalizada e análise de dados”, e apresentou novas abordagens para aprimorar a eficiência e a qualidade do atendimento utilizando tecnologias emergentes. O evento foi realizado em conjunto com a FCamara, multinacional brasileira que trabalha a inovação dedicada a acelerar receitas e aumentar a performance operacional no setor de saúde.
Marcos Moraes, diretor da Vertical de Saúde da FCamara, abriu o encontro destacando a importância de transformar dados em resultados práticos para o segmento hospitalar. “Hoje, nosso foco é utilizar tecnologia para transformar o ecossistema de saúde em algo mais eficiente e integrado. Além de coletar informações, queremos torná-las funcionais para melhorar os desfechos clínicos”, afirmou. Neste sentido, ele acrescentou que a digitalização deve priorizar a criação de valor para pacientes e instituições.
Daniele Ferreira, estrategista de Negócios da FCamara, destacou o potencial da medicina personalizada no tratamento de doenças crônicas. Ela explicou que, ao utilizar dados demográficos, genéticos e comportamentais é possível ajustar tratamentos de forma mais precisa. “O Brasil enfrenta altos índices de doenças como hipertensão e diabetes, e a personalização do atendimento pode ser um divisor de águas na gestão dessas condições”, afirmou.
Ferreira apresentou um estudo de caso para ilustrar esse cenário. “Em um trabalho com pacientes diabéticos, conseguimos ajustar tratamentos de forma individualizada, resultando em um controle glicêmico mais eficaz”, contou. E concluiu que, “com os dados certos, podemos prever surtos ou complicações antes que elas aconteçam, e agir de forma preventiva”.
Felipe Nunes, estrategista técnico da FCamara, trouxe para a discussão o uso de tecnologia para o monitoramento remoto. “Os wearables e dispositivos inteligentes podem elevar o acompanhamento contínuo a um outro nível. Eles permitem coletar dados em tempo real, o que é essencial para intervenções mais rápidas e customizadas”, explicou. E mencionou ainda que esses dispositivos podem reduzir hospitalizações, ajudando a aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde.
Nunes também abordou os desafios éticos e regulatórios relacionados ao uso de dados de saúde, especialmente em um cenário que envolve a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ele frisou que, apesar dos avanços e possibilidades, é indispensável garantir que as informações sejam utilizadas de forma segura e com o consentimento dos pacientes. “Isso é uma prioridade. Precisamos garantir que a coleta e o uso sejam transparentes e seguros”, afirmou.
Por fim, os palestrantes reforçaram que a transformação digital no setor hospitalar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. “Estamos caminhando para um modelo de saúde mais preditivo, preventivo e personalizado. Este é o futuro, e precisamos começar essa jornada agora”, finalizou Moraes. Assista ao evento na íntegra: