A.C.Camargo segue desenvolvendo boas práticas e formando especialistas para disseminar conhecimento e aprimorar a assistências aos pacientes oncológicos
A Anahp promoveu mais uma edição do seu Café da Manhã nesta quinta-feira (31), dessa vez em parceria com o A.C.Camargo Cancer Center, tradicional centro assistência a pacientes oncológicos com prevenção, investigação, estadiamento, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos em um único local. No evento, líderes da instituição abordaram o desafio de tornar a oncologia mais acessível e eficaz diante do aumento dos custos e da complexidade dos tratamentos.
O diretor geral Victor Piana destacou a relevância de um tratamento especializado, que reconhece a diversidade e as particularidades de cada tipo da doença. “O câncer não é homogêneo, são mais de 800 variedades e cada uma exige abordagem única. Nesse cenário, a hiperespecialização é o que vai garantir a efetividade do tratamento e a otimização dos recursos”, explicou.
Além disso, ele falou sobre como a tecnologia e a inovação têm ajudado a reduzir o tempo e os custos de internação. “Hoje, um paciente fica internado, em média, 4,6 dias, comparado aos 12 dias de 2004. Esse avanço reflete o impacto da terapia-alvo e da cirurgia robótica, por exemplo, que permitiram um tratamento mais resolutivo e menos invasivo”, ilustrou. E reforçou que o futuro da oncologia no Brasil depende da colaboração entre os diferentes players da saúde para integrar dados e acelerar a transformação necessária para atender à demanda crescente.
Aline Chibana, gerente do Escritório de Valor da instituição, abordou a equação de valor aplicada ao tratamento oncológico e relatou como está trabalhando para desenvolver práticas baseadas em desfechos clínicos e custo-efetividade. “Queremos uma jornada de tratamento coordenada, que minimize as vindas desnecessárias do paciente ao hospital e promova uma experiência de mais fluida e econômica”, explicou.
Chibana chamou a atenção para a estratégia preventiva do A.C.Camargo, que inclui parcerias com empresas para rastrear e avaliar o risco da doença entre colaboradores e viabilizar diagnóstico precoce e redução de custos futuros. “Nosso programa de prevenção empresarial mostrou, por exemplo, que 33% dos colaboradores nunca fizeram uma colonoscopia, o que é alarmante. Investir nessa área aumenta a possibilidade real de salvar vidas e oferece economia para todo o sistema”, enfatizou.
Mariana Brait, gerente de Pesquisa do A.C.Camargo, mostrou como o pilar de pesquisa e ensino pode impulsionar a excelência clínica e a formação de novos especialistas. “Desde 1953, temos a missão de formar talentos com programas pioneiros que contribuem para uma rede especializada em diversas regiões”, afirmou. E mencionou o biobanco da instituição, o primeiro da América Latina, com mais de 200 mil amostras, que apoia um grande volume de estudos para aprimorar a luta contra o câncer no país. A pesquisa no A.C.Camargo, continuou Brait, abrange desde estudos moleculares até ensaios clínicos e programas de qualidade de vida para os pacientes. “Nosso objetivo é qualificar nossos profissionais e desafiar o status quo dos tratamentos. Queremos terapias mais custo-efetivas, mais rápidas e menos invasivas”, finalizou.
Assista ao evento na íntegra: