Os impactos clínicos e econômicos do biofilme no tratamento de feridas foram os principais tópicos apresentados por Danielle Frassi Bastos, Gerente de Marketing Laboratórios da B.Braun Brasil. A executiva abordou o tema durante o Café da Manhã Anahp, no último dia 25 de outubro, na sede da associação.
“O biofilme tem sido muito discutido nos últimos anos e ele é considerado fator essencial para o gerenciamento de feridas”, disse Danielle, durante a apresentação. Não é à toa que isso aconteça: estima-se que 65% das infecções hospitalares estão associadas ao biofilme.
O biofilme pode ser definido como um grupo de bactérias e microrganismos, no geral estruturados, que impedem a cicatrização. Ele responde menos às defesas imunológicas e entre as suas principais consequências estão os impactos médicos e econômicos, pois as lesões são crônicas e difíceis de serem tratadas.
Para Danielle, ao fazer o tratamento das feridas deve-se ter em mente a diferença entre desinfecção e descontaminação. “Descontaminar a lesão é remover certa quantidade de microrganismos; a desinfecção é a remoção de 100% dos microrganismos”, detalha. “Mas a desinfecção não é desejada na lesão, pois ela vai eliminar o tecido novo. A grande chave é a descontaminação, ou seja, remover microrganismos sem comprometer o tecido de cicatrização”, orienta.
O antisséptico, segundo Danielle, não é o recomendado para o tratamento de feridas e para a remoção do biofilme, o mais adequado é o produto Prontosan, da B. Braun. Porém, o custo do produto em comparação ao seu semelhante no mercado, o soro fisiológico, é muito diferente. Por esta razão, a fabricante realizou um estudo farmacoeconômico, publicado em 2013 no Jornal Brasileiro de Economia e Saúde