Evento patrocinado pela Medicinia aborda a gestão do fluxo de pacientes nos hospitais e as tecnologias disponíveis para contribuir com este desafio. Cerca de 80 pessoas participaram da palestra.
O tempo médio de permanência do paciente no hospital é um dos principais desafios nas instituições de saúde. A gestão eficiente do fluxo de paciente é fundamental para adaptar a demanda à capacidade dos hospitais. Esta iniciativa proporciona aos pacientes o cuidado adequado, aumentando a sua segurança e satisfação, integração do corpo clínico e equipe assistencial e maior produtividade e rentabilidade para as instituições.
Entendendo a complexidade do assunto, ‘Fluxo de pacientes’ foi o tema do Café da Manhã Anahp desta quarta-feira, 13 de agosto, patrocinado pela Medicinia. A palestrante convidada, Claudia Laselva, Gerente de Pacientes Internados e Apoio Assistencial do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), compartilhou a sua experiência em gestão do fluxo de pacientes com os participantes do evento.
De acordo com Laselva, a gestão do fluxo de pacientes é uma forma de melhorar os serviços de saúde. “A adaptação da relação entre capacidade e demanda, aumenta a segurança do paciente e é essencial para assegurar que eles recebam o cuidado certo, no lugar certo, na hora certa, durante todo o tempo”.
A palestrante apresentou ainda o resultado de uma pesquisa em que a maioria dos entrevistados afirmou que mais de 5% dos leitos dia do hospital eram ocupados em justificativa clínica e 29% declararam que pelo menos um em cada cinco leitos seria desnecessário.
Laselva também reforçou a importância do preparo da alta, desde a admissão do paciente no hospital. “O preparo para a alta tem que começar no momento de admissão do paciente e esse é o grande erro das instituições, que só preparam o paciente quando ele está de fato pronto para alta. O resultado dessa ineficiência são os atrasos nas admissões de emergência, cancelamento de procedimentos eletivos e menor produtividade do hospital”, explica.
“É importante sempre informar a previsão de alta para os pacientes e familiares, proporcionar a orientação adequada e envolver a família nesse processo, visando à otimização do fluxo de pacientes nos hospitais”, acrescenta.
Laselva ainda apresentou algumas iniciativas e indicadores adotados no Einstein para avaliar o gerenciamento do fluxo de pacientes na instituição. A adesão à alta do paciente antes da 9h passou a integrar a avaliação de desempenho dos médicos, por exemplo. Além disso, foram estabelecidos comunicados, treinamento para planejamento da alta, fluxo de comunicação, entre outros. “A falta de práticas padronizadas ainda é o principal problema das instituições, mas estamos trabalhando para melhorar cada vez mais esta deficiência”, comenta.
Segundo a palestrante, as tecnologias e sistemas de informação são grandes aliados no processo de gestão do fluxo de pacientes. “A capacidade virtual pode ser usada para melhorar o acesso ao tratamento de pacientes, integrar a equipe assistencial, reduzir custos e equipe operacional, gerar receita, entre outros benefícios”, afirma.
Resultados
As iniciativas para otimização do fluxo de pacientes no Einstein proporcionaram – melhoria da satisfação do paciente, redução do tempo de atendimento, participação ativa da enfermagem na previsão de alta, envolvimento do corpo clínico e das áreas corporativas, gestão e acompanhamento sistematizado de indicadores e metas.
Os participantes do evento tiveram a oportunidade de acompanhar uma demonstração de como as ferramentas e sistemas de informação podem contribuir de maneira efetiva para a otimização e gerenciamento do fluxo de pacientes nos hospitais.
Fonte: Anahp – 13.08.2014
