Café da Manhã Anahp: Antissepsia cirúrgica de mãos

Workshop realizado pela 3M abordou os novos conceitos na antissepsia cirúrgica de mãos e as técnicas no preparo cirúrgico. Cerca de 30 pessoas participaram da palestra

Os novos conceitos na antissepsia cirúrgica de mãos e as técnicas no preparo cirúrgico foram temas discutidos no Café da Amanhã Anahp desta terça-feira, 21 de outubro. O workshop, organizado pela 3M, reuniu cerca de 30 pessoas e contou com a presença da médica da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Rosana Rischtmann, e da especialista técnica sênior em Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização (CME) da empresa 3M, Deborah Abdo. 

Cafe Rosana 3M 21-10-14 9bedeDe acordo com Rosana Rischtmann, a antissepsia das mãos é considerada pelos profissionais de saúde a medida mais importante e eficaz para reduzir e prevenir a incidência de infecções no sítio cirúrgico (ISC). “A necessidade de aperfeiçoamento desta técnica vem sendo amplamente observada ao longo dos anos. Estudos mostram que 60% das infecções podem ser prevenidas”, diz. 

Os estudos internacionais apresentados demonstram que a ação mecânica e química provocadas pela escovação e antissépticos abusivos, podem causar danos na pele dos profissionais, favorecendo a colonização de micro-organismos. Além disso, mesmo com o uso de luvas cirúrgicas, as perfurações ocasionadas nelas ao final de cada procedimento podem dobrar o risco de infecção do paciente. Estudos mostram que 5% a 82% das luvas apresentam micro-perfurações, sendo que em mais de 80% dos casos não são percebidas. 

O conceito de antissepsia cirúrgica de mãos sem enxágua, ou waterless, é consolidado há mais de 10 anos e difundido em vários países do mundo. Apesar desses movimentos e das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a antissepsia sem enxágue, até hoje, não é uma prática difundida no Brasil. Muitos ainda acreditam que a escovação vigorosa das mãos e antebraços é essencial para o preparo da pele. “A prática baseada em evidências pode ser um dos passos para vencer essa resistência e subsidiar mudanças dessa prática no cenário nacional”, defende Rosana. 

Cafe Deborah 3M 21-10-14 ea3cdA palestrante Deborah Abdo defende que o custo-benefício na mudança da forma de antissepsia adotada são evidentes, pois o método tradicional considera alguns materiais e são intangíveis. “Análises nos mostraram que há uma redução de 29% nos custos para as instituições, que inclui economia de água, menor tempo de aplicação, menor efeito lesivo à pele e ganhos ecológicos”, contabiliza.

Fonte: Anahp

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