Café da Manhã patrocinado pela Covidien aborda a incorporação tecnológica na saúde e os desafios de custo- efetividade. Cerca de 60 pessoas participaram da palestra.
A incorporação de novas tecnologias ganha cada vez mais força, especialmente no mercado de saúde. Preocupadas com a qualidade do atendimento e segurança do paciente, as instituições investem na informatização de processos, equipamentos e medicamentos de última geração. Mas até que ponto essa incorporação é necessária? Como identificar se a demanda vai proporcionar resultados positivos para as instituições e para o paciente?Para discutir o tema, Wilson Follador, Diretor de Economia da Saúde na Covidien, abordou os custos crescentes em saúde e os desafios de fazer com que a oferta atenda à demanda de saúde, bem como a importância de avaliar o custo-efetividade das incorporações. “As despesas com saúde estão aumentando, especialmente se considerarmos o envelhecimento da população, os maus hábitos alimentares, o aumento ao acesso à saúde e as inovações tecnológicas”, explica.
Wilson mencionou o processo pelo qual as inovações são submetidas antes de serem disponibilizadas para o mercado. “Existe um alto investimento das empresas para que os produtos cheguem ao mercado, mas nem sempre eles são absorvidos por conta dos custos elevados”.
O palestrante ainda chama atenção para a necessidade de avaliar as incorporações de novas tecnologias de acordo com as realidades regionais. “Precisamos sistematizar uma maneira de avaliar as tecnologias, baseada em evidências e não nas experiências pessoais. A ATS deve ser um processo abrangente, por meio do qual são avaliados os impactos clínicos, sociais e econômicos das tecnologias em saúde, levando em consideração aspectos como eficácia, efetividade, segurança, custo-efetividade, entre outros”, finaliza.
Curiosidades
Em 2003, o próprio Ministério da Saúde passou a adotar medidas para definir diretrizes e promover a avaliação de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS). A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) foi estabelecida por meio da Lei 12.401 de 28 de abril de 2011, com a finalidade de assessorar o Ministério da Saúde na incorporação, exclusão ou alteração pelo SUS de novas tecnologias.
Existe ainda a Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS), formada por centros colaboradores e instituições de ensino e pesquisa que tenham atividades relacionadas à avaliação de tecnologias em saúde no Brasil. O objetivo da ATS é auxiliar os gestores dos setores público e privado de saúde a tomar decisões racionais na escolha de quais tecnologias devem ser disponibilizadas e no planejamento da alocação de recursos financeiros em saúde.
Fonte: Anahp – 28.08.2014
