Tecnologia transforma a gestão farmacêutica, reduzindo erros e otimizando processos para maior segurança e satisfação dos pacientes
Na última terça-feira (08), a Anahp realizou mais uma edição do seu tradicional Café da Manhã, desta vez em parceria com a SisnacMed. O encontro abordou o tema “Automação na farmácia hospitalar e seus impactos a favor da saúde” e contou com uma audiência de 218 pessoas entre o público presencial e online.
Na palestra, o consultor da SisnacMed, Leandro Teixeira Ferracini, explicou como a automação tem evoluído na farmácia hospitalar e os benefícios que ela traz tanto para as operações quanto para os desfechos clínicos. De acordo com Ferracini, a tecnologia vai além de promover a eficiência e está diretamente relacionada à segurança e à qualidade da assistência. “A farmácia hospitalar não é apenas sobre produção. Ela precisa focar na satisfação dos pacientes”, declarou.
O consultor ressaltou a importância de uma gestão adequada dos medicamentos, desde o recebimento até a administração. A automação hospitalar, acrescentou, cobre todo esse ciclo, incluindo o armazenamento robotizado, a distribuição via dispensários eletrônicos e o monitoramento até a beira do leito. “Com a automação, garantimos rastreabilidade em tempo real, o que melhora o controle e a segurança dos medicamentos”, afirmou.
Um dos grandes benefícios é a redução nas intercorrências de medicação, destacou Ferracini, mostrando estudos que apontam a automação como responsável pela diminuição em 55% dos erros em prescrições, que é um dos grandes desafios enfrentados pelas farmácias hospitalares. Além disso, a adoção de checklists eletrônicos no centro cirúrgico resultou em uma queda de 47% na mortalidade pós-operatória e 36% nas complicações. “Esses números comprovam que a automação está diretamente ligada à segurança nos processos assistenciais”, ressaltou.
Outro aspecto crucial abordado foi a interoperabilidade. Para Ferracini, um projeto de automação só é bem-sucedido quando os sistemas se integram e trocam informações de forma eficaz. “Não adianta automatizar se os sistemas não se comunicam. A interoperabilidade é essencial para garantir o fluxo contínuo de informações”, explicou.
A automação também impacta diretamente a produtividade, pois, tradicionalmente, cerca de 20% do tempo dos colaboradores é gasto em deslocamentos dentro do hospital. A tecnologia reduz significativamente esse tempo, permitindo que os profissionais se concentrem mais no cuidado aos pacientes. “A tecnologia otimiza a logística e devolve tempo valioso às equipes”, enfatizou.
Com a robotização e o uso de dispensários eletrônicos também é possível minimizar o estoque parado, diminuir desperdícios e garantir a rastreabilidade de cada medicamento, desde a chegada ao hospital até sua administração. “A rastreabilidade total é um dos maiores ganhos, proporcionando um controle rigoroso sobre o que entra e sai da farmácia”, destacou.
Por fim, o consultor afirmou que a automação é uma estratégia essencial para os hospitais. Ele concluiu que as organizações que adotam essas tecnologias ocuparão a liderança do setor de saúde, assegurando processos mais qualificados para pacientes e equipes. “O futuro é tecnológico, e as instituições que priorizarem a automação estarão sempre à frente”, finalizou.
Assista à apresentação na íntegra:
