Antissepsia cirúrgica alcóolica das mãos: quais as evidências?

Durante Café da Manhã Anahp, B. Braun apresenta análise comparativa do custo-efetividade de duas técnicas para a antissepsia das mãos na preparação cirúrgica

antissepsia 28ddfAs infecções relacionadas à assistência em saúde representam um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo. No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que as infecções hospitalares atinjam 14% dos pacientes internados e que cerca de 70% dos casos podem ser evitados.

Entendendo a importância de debater as melhores práticas de atendimento nas instituições hospitalares com o intuito de minimizar possíveis riscos à saúde do paciente, “Antissepsia cirúrgica alcóolica das mãos: quais as evidências?” foi o tema do Café da Manhã desta terça-feira, 7 de julho, promovido pela B. Braun S. A., empresa global, presente em mais de 50 países, especializada em produtos para anestesia, cirurgias, medicina intensiva, cardiologia e terapias de substituição renais.

O evento contou com palestra de Luciana Lopes Mensor, Gerente de Farmacoeconomia e Precificação dos Laboratórios B. Braun S. A., que analisou o custo-efetividade de duas técnicas para preparação cirúrgica de mãos de profissionais de saúde: a Antissepsia com uso de soluções alcoólicas (Softalind® Pure, B.Braun Medical AG) e a Degermação com escova de clorexidina a 4%. A análise levou em conta não somente questões relacionadas ao efeito antimicrobiano, mas também a sustentabilidade ambiental, com vistas a uma possível incorporação da técnica pelos hospitais brasileiros.

Os desfechos clínicos considerados na avaliação foram redução da contagem microbiana (cenário clínico) e economia de água (cenário ecológico). Os desfechos econômicos levados em consideração foram custos médicos diretos e custos indiretos (consumo de água).

“A antissepsia cirúrgica das mãos com produtos à base de álcool remove de maneira eficaz os microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos (incluindo os multirresistentes), além de fungos e vírus; requerem menos tempo para a realização do procedimento e irritam menos as mãos que a lavagem e escovação com produtos antissépticos convencionais. As evidências demonstram que as preparações alcoólicas podem substituir eficazmente as alternativas tradicionalmente empregadas, como a escova pré-impregnada com clorexidina a 4%, promovendo adicionalmente reduções de custos associados, inclusive custos indiretos como fornecimento de água e descarte de escovas”, afirmou Luciana.

Para exemplificar, Luciana apresentou uma simulação comparando o uso das duas técnicas. No cenário ecológico, a redução de 18,5 litros de água por pessoa por procedimento, quando empregada técnica com solução alcoólica, gera economia financeira, além do próprio recurso hídrico economizado. Além disso, o custo comparado foi R$2,04 menor quando usado o álcool, e a solução alcóolica gerou redução 23,4% maior das unidades de colônia (redução microbiana).

Luciana ainda convidou todos a refletirem sobre seus métodos de trabalho, alertando para a necessidade de refazer a antissepsia das mãos em casos em que os procedimentos cirúrgicos levam muitas horas. “Os efeitos de uma antissepsia cirúrgica, independente da técnica empregada, duram cerca de 6 horas. Em situações em que o tempo da cirurgia ultrapassa esse limite, é necessário refazer o procedimento para evitar o recrescimento de microbiota, que ocorre naturalmente sob luvas”, disse.

Outro ponto de cuidado, segundo ela, são as luvas estéreis. “Embora elas contribuam para prevenir a contaminação do sítio cirúrgico e reduzir o risco de transferência de microrganismos patogênicos da equipe de cirurgia ao paciente, 18% das luvas apresentam micro perfurações após as cirurgias, sendo 80% destas não percebidas pelos profissionais de saúde”, enfatizou.

Confira, no link abaixo para Download, a íntegra da Apresentação exibida por Luciana durante o evento, bem como um Artigo de sua autoria sobre esse tema.

 

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