Diante da segunda onda de casos de covid-19 já registrada na Europa e nos Estados Unidos, a população brasileira começa a ficar em estado de alerta. Para o diretor do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) e professor na Universidade de Washington, Christopher Murray, o que vivemos no último trimestre pode ser considerado um recrudescimento da primeira fase, e que um novo pico só deve ocorrer no Brasil entre abril e maio do próximo ano. O efeito dessa nova onda no sistema de saúde vai depender da disponibilidade de uma vacina.
O modelo estatístico aplicado pelo IHME para analisar os dados da pandemia começou a ser modelado a partir da disseminação do vírus, em março de 2020. De lá pra cá, o modelo sofreu alterações e passou a incorporar outras variáveis que se mostraram relevantes no cenário pandêmico, possibilitando uma capacidade preditiva semanal.
Murray explicou que uma das partes fundamentais do modelo é rastrear a disseminação das políticas de enfrentamento adotadas pelos países e seus estados (no caso do Brasil e Estados Unidos, por exemplo), levando em consideração a dinâmica da transmissão, assim como o modelo comportamental humano e dos governos. São levados em conta, então, fatores como uso de máscara, mobilidade (que é possível medir por meio de dados obtidos a partir de celulares), taxa de isolamento social, disponibilização de testes e a sazonalidade.
Para continuar lendo, clique aqui e baixe gratuitamente a edição 77 da revista Panorama.