Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Albert Einstein prevê investir R$ 1,2 bi até 2017

Claudio Lottenberg não administra um fundo, mas pensa como um gestor do mercado financeiro. Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Lottenberg traçou um ambicioso plano de expansão para o hospital, considerado um dos mais conceituados do Brasil.
Neste ano, o Einstein vai investir cerca de R$ 320 milhões em três frentes: na construção de uma faculdade de medicina, na implantação tecnológica para centralizar os dados de pacientes e na gestão do hospital público Santa Marina, hoje desativado.
O projeto de expansão do Einstein até 2017 prevê aportes da ordem de R$ 1,2 bilhão, disse Lottenberg. “Boa parte desses recursos será para ampliação física do hospital e também em tecnologia”, afirmou. Dos R$ 320 milhões previstos para este ano, R$ 100 milhões serão destinados para a construção de uma faculdade de medicina ao lado da unidade no Morumbi, na capital paulista. “Serão 100 alunos por ano, parte deles bolsistas”, disse.
A expectativa é de que a estrutura esteja pronta até 2018. As aulas deverão ser ministradas já em 2015 nas instalações da faculdade de enfermagem do Einstein, a dois quilômetros do hospital. A ideia de formar médicos existia há três anos. Além da graduação, o braço de ensino do hospital tem cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) em ciências da saúde. Neste ano, começa a fazer orientação stricto sensu (mestrado).
O Hospital Sírio-Libanês também oferece pós-graduação e especialização na área da saúde há 10 anos, por meio do seu braço de educação, o Instituto de Ensino e Pesquisa (Iep), mas não forma médicos. “Queremos transmitir a nossa expertise para os médicos já formados”, disse Roberto Padilha, diretor do Iep.
Tecnologia Outro pesado aporte, de R$ 180 milhões, será destinado à adoção de uma nova solução tecnológica para administrar todos os dados de seus pacientes hospitalares e ambulatoriais. O Einstein fechou parceria com a empresa americana Cerner Millennium, especializada em hospitais e sistemas de saúde, para integrar todas as informações do hospital e otimizar processos que eliminam erros e desperdícios.
Segundo Lottenberg, essa tecnologia será implementada até 2016. Toda a área de armazenamento de dados será transferida do Morumbi para o Itaim, em São Paulo.“Com a transferência, teremos nova ala aos pacientes.” Esse sistema permitirá que diversos itens sejam gerenciados simultaneamente, desde a entrada até a alta do paciente, controle de protocolos clínicos e registros de administração de medicamentos, além de gerir recursos disponíveis, como, por exemplo, quartos de internação, quantidade de especialistas por área em cada plantão.
Com receita prevista de R$ 2 bilhões para este ano, o hospital foi sondado para expandir suas bases no Rio de Janeiro e Brasília. Mas Lottenberg afirmou que ainda não há planos de avançar fora do Estado de São Paulo.
Nos próximos dias, o Einstein deverá começar a administrar o hospital Santa Marina, na capital paulista. “Prevemos investimentos entre R$ 25 milhões e R$ 40 milhões”, disse.
A gestão do hospital municipal de M’Boi Mirim, zona sul de São Paulo, desde 2009, está sob responsabilidade da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, instituição mantenedora do hospital.

Fonte: Jornal do Commercio – 23.01.2014
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