A importância da formação na área de gerontologia foi debate no 2º Conahp

A capacitação de recursos humanos e o cuidado aos idosos foi um dos temas em debate no primeiro dia (2) do Conhap – Congresso Nacional de Hospitais Privados. O mediador da sessão, José Carlos Abrahão, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), destacou a importância do treinamento e retenção de talentos. “O idoso não permite adaptações e experimentos no atendimento, por isso precisamos estar preparados para a longevidade da população”.
A assistente social da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Naira de Fátima Dutra Lemos, apresentou um panorama do ensino da gerontologia no Brasil. “A formação em recursos humanos da gerontologia é fundamental para fortalecer a área e promover mudanças do ponto de vista cultural e social em relação ao envelhecimento”, explicou.
Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, defendeu que vidas longas exigem planejamento. “Não podemos ver o envelhecimento como um problema e sim como uma conquista, até mesmo dos avanços da medicina”, disse. Yeda destacou que a formação na área de gerontologia não é uniforme no Brasil e é pouca na graduação em todas as profissões da área da saúde. “A internação hospitalar é muito nociva para o idoso, que precisa de um processo de reabilitação multidisciplinar, que envolva toda a equipe assistencial”.
Sob o ponto de vista da formação do médico, Wilson Jacob, especialista em Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), destacou que o conceito de geriatria foi desenvolvido num tempo muito curto. “A especialidade tem particularidades que envolvem diversas esferas: o paciente, sua família, o ambiente, outras especialidades médicas e uma equipe multidisciplinar. Por isso, surge a necessidade de um profissional para gerenciar esse processo”. Jacob acrescentou que o grupo de idosos de uma sociedade é muito heterogêneo, com necessidades diferenciadas, mesmo em grupos da mesma faixa etária. “O médico precisa de ações eficazes e resolutivas para o paciente idoso, pois não é chance para erro”.

Fonte: Hospitalar.com

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