Data alerta para outras complicações, como fraturas ósseas e Alzheimer
O Dia Mundial do Diabetes, lembrado em 14 de novembro, foi criado para alertar as pessoas sobre a doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue, que acomete cerca de 8% da população brasileira. Estudos mostram que entre as complicações que o diabetes pode trazer estão o aumento do risco de fraturas ósseas e a Doença de Alzheimer.
Segundo a endocrinologista do Hospital VITA Curitiba, Daniele Tokars Zaninelli, esses desdobramentos merecem atenção, já que o osso normal está em constante processo de formação e reabsorção – chamado de remodelação óssea -, e no diabetes tanto a formação quanto a reabsorção parecem estar diminuídas. “Muito tem sido discutido sobre o aumento do risco de fraturas em pacientes com controle inadequado do diabetes. Pessoas com o diabetes descompensado cronicamente têm maior chance de fraturas, mesmo com densitometria óssea normal”, afirma – baseada em um estudo publicado recentemente no Diabetes Care. De acordo com o estudo, a fragilidade de ossos aparentemente fortes pela densitometria óssea pode ser resultado de alterações estruturais do osso cortical, refletindo a remodelação óssea prejudicada nesses pacientes.
Outra associação que vem sendo estudada é do diabetes com a Doença de Alzheimer. Análises têm demonstrado que pacientes diabéticos têm um risco maior de desenvolver alterações cognitivas, até mesmo o Alzheimer. “O mecanismo básico que parece interligar as duas doenças é a resistência à insulina”, aponta a endocrinologista.
Prevenção – Estar atento aos fatores de risco do diabetes auxilia na identificação precoce dos pacientes com maior predisposição à doença. Obesidade, sedentarismo, casos de diabetes, hipertensão arterial, histórico de infarto ou doenças mentais graves na família são alguns dos grupos que devem redobrar a atenção. “O diagnóstico precoce e a prevenção do diabetes ajudam a evitar consequências graves”, alerta Daniele.
Pacientes considerados de risco devem ser avaliados periodicamente, para verificar as taxas dos exames laboratoriais e iniciar o tratamento, caso seja necessário. Medidas simples, como mudanças nos hábitos alimentares e prática regular de exercícios físicos podem reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes. “Essa é a medida mais eficaz na redução das complicações crônicas decorrentes da hiperglicemia”, finaliza a endocrinologista do Hospital VITA Curitiba.
Fonte: Hospital Vita Curitiba – 12.11.2013