Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Pilar lança protocolo para combater principal causa de óbitos evitáveis em hospitais

O tromboembolismo venoso (TEV) é frequente, grave e constitui um importante problema de saúde pública, especialmente em pessoas de maior idade. Acontece, normalmente, em consequência de especificidades cirúrgicas ou clínicas, mas pode ocorrer em indivíduos previamente sadios. O Consenso Europeu para Prevenção do Tromboembolismo estima que nos países ocidentais ocorram 160 casos de trombose venosa profunda e 60 de embolia pulmonar por ano a cada 100 mil habitantes, sendo a embolia a principal causa de óbitos evitáveis em leitos hospitalares. No Brasil, de mais de 200 milhões de pessoas, estamos falando de 320 mil episódios anualmente, realidade que o Hospital Pilar quer mudar com a implantação de um protocolo específico para evitar casos de TEV.

Nas últimas duas décadas, estudos norte-americanos e europeus definiram recomendações detalhadas que devem ser empregadas em todas as classes de pacientes hospitalizados e se estabeleceu uma estratégia geral para prevenção da trombose venosa profunda que surtiu suave declínio no número de casos. “Apesar de os protocolos estarem à disposição de todos os profissionais da área da saúde, muitos médicos não os utilizam rotineiramente”, diz Milton de Miranda Santoro (CRM-PR 12487/RQE 13894), cirurgião vascular e também um dos responsáveis pela implantação do protocolo no Hospital Pilar.

O médico explica que foi criado um grupo multidisciplinar para elaborar um protocolo hospitalar adequado às características dos pacientes e do ambiente do Pilar. A mesma equipe ficou responsável pela estratégia de implantação perante a comunidade médica, de enfermagem, de fisioterapia, de farmácia e de todos os outros segmentos envolvidos, inclusive pacientes do hospital.

“Prevenção de TEV é muito mais do que usar medicamentos anticoagulantes. Trata-se de criar rotinas de identificação dos grupos de risco e implantar medidas que evitem a formação de trombos nas veias periféricas, como a utilização de equipamentos de compressão externa e o uso de meias elásticas, entre outras possibilidades”, diz Santoro.

Os pacientes beneficiados pela implantação do protocolo de prevenção de TEV no Hospital Pilar são os submetidos a cirurgias e os acamados, além de todos os internados em unidade de tratamento intensivo. “Sabemos que é impossível acabar com os casos de TEV intra-hospitalar, mas podemos diminuir bastante a incidência, e é isso que vamos fazer”, afirma o cirurgião.

Fonte: Hospital Pilar

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