Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Meridional faz primeiro procedimento com Stent bioabsorvível do Estado

Aprovada em novembro no Brasil, nova prótese desaparece do organismo em até dois anos após o implante

O Hospital Meridional é o primeiro do Estado a realizar o procedimento de desobstrução coronária com o Stent bioabsorvível. O dispositivo, também chamado de suporte vascular bioabsorvivel, é um pequeno tubo, atualmente feito de resina orgânica, que é introduzido por meio da angioplastia em pessoas com obstrução nas artérias do coração.

Em novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do suporte cardiovascular bioabsorvível, que é feito de um tipo de polímero, espécie de plástico especial. Seis meses após ser implantado, o Stent começa a ser absorvido pelo organismo e, em até dois anos, desaparece completamente (de seis a nove meses depois do procedimento, os vasos não precisam mais de ajuda para se manterem abertos).

De acordo com os médicos da Intercath Meridional, Dr. José Airton Arruda e Bruno Moulin Machado, habilitados a fazerem o procedimento após treinamento no Canadá, o dispositivo bioabsorvível também permite que o vaso sanguíneo volte ao seu estado natural, sem a interferência de um corpo estranho. “Esse dispositivo tem sido considerado uma grande revolução na forma de tratar, não apenas a doença coronária, mas várias outras que usam próteses (ortopedia, neurologia e etc.) se beneficiaram desse conceito. Os únicos médicos do Estado que efetivamente receberam treinamento para o implante foram do Hospital Meridional”, afirma José Airton.

No Brasil, foram cerca de 10 médicos treinados inicialmente. Para o implante do dispositivo também são necessários instrumentos como o ultra-som intracoronário e preferencialmente a OCT (tomografia de coerência óptica). Este último apenas o Meridional dispõe.

As próteses mais utilizadas atualmente são os stents farmacológicos metálicos, feitos de aço inoxidável e cuja superfície contém medicamentos anticicatrizantes. Como eles não são absorvidos, ficam expostos na corrente sanguínea e elevam o risco de coágulos, de reentupimento das artérias e, consequentemente, da necessidade de novo tratamento.

Fonte: Hospital Meridional –05.05.2015

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