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Mater Dei alerta para os riscos de fumar

O Hospital Integrado do Câncer Mater Dei investe em recursos para diagnóstico precoce, tratamentos avançados e cirurgias para o câncer de pulmão 

Criado em 1986 pela Lei Federal nº. 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29.08, quer reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

A Rede Mater Dei de Saúde aproveita para alertar a todos sobre os males do fumo. Dados da OMS apontam o tabagismo como o responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis e mortes evitáveis. O Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva – Inca estima que 28,2 mil pessoas sejam diagnosticadas com câncer de pulmão, que não atinge somente quem tem histórico de tabagismo. Em Minas Gerais ao menos 2,3 mil pessoas devem lutar contra a doença este ano.

A pesquisa da Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel, feita com 54 mil pessoas com mais de 18 anos, indica que nos últimos dez anos, o número de brasileiros fumantes caiu 34%. Apesar dessa boa notícia, 10% da população adulta fuma e mais de 20 milhões de brasileiros estão expostos diariamente aos efeitos nocivos do cigarro. O levantamento feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pelo Ministério da Saúde revela que a situação é mais preocupante entre adolescentes. O estudo que ouviu 75 mil adolescentes de 1.251 escolas públicas e privadas, revela que 18,5% dos adolescentes brasileiros, entre 12 e 17 anos, já experimentaram cigarro; dos jovens, 6% são fumantes; e as maiores taxas estão na Região Sul.

Você sabia que o tabagismo também está entre as principais causas de diversas doenças oncológicas como o câncer de pulmão, esôfago e bexiga, entre outros, e até mesmo associado às doenças cardiovasculares? Dados do Instituto Nacional do Câncer – Inca indicam que, em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco, além de ser o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. A última estimativa apontou incidência de 1,82 milhão de casos novos de câncer de pulmão no mundo, para o ano de 2012, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres, segundo o Inca. O câncer de pulmão é considerado o quarto tipo de câncer mais comum no país e um dos mais agressivos, a doença é frequente em pessoas com mais de 55 anos, fumantes e ex-fumantes e exige diagnóstico precoce para garantir mais chance de cura e qualidade de vida.

O câncer de pulmão tem tratamento?

O Hospital Integrado do Câncer Mater Dei tem equipe multidisciplinar e tecnologia de ponta para diagnóstico, tratamento medicamentoso e cirúrgico para pacientes com câncer de pulmão. “Não existem dúvidas de que o câncer de pulmão é melhor tratado por equipe multidisciplinar e integrada. Dessa forma, a partir de reuniões e discussões do caso podemos traçar qual melhor tratamento e programar a melhor forma de acompanhamento. Um diagnóstico precoce da doença é fundamental para o tratamento bem-sucedido e cura”, fala o médico e cirurgião torácico da Rede Mater Dei de Saúde, Daniel Bonomi.

Sintomas

O cirurgião esclarece que “quando o câncer de pulmão apresenta sintomas, muitas das vezes, já é uma doença localmente avançada e, portanto, com tratamento um pouco mais complexo”. Conheça os sintomas que levantam a suspeita de doenças do pulmão, entre elas, o câncer:

-Tosse persistente

-Hemoptise (expectoração com raias de sangue)

-Dor torácica dispneia (falta de ar)

-Perda ponderal

-Escarro com sangue

-Perda de peso

Diagnóstico e tratamento

De acordo com o médico, o melhor diagnóstico seria o achado ocasional de um nódulo pulmonar (ou lesão pulmonar). “Atualmente, a literatura comenta sobre a importância do rastreamento do câncer de pulmão com tomografia de tórax com baixa dosagem de radiação nos tabagistas com mais de 55 anos de idade”, explica.

Daniel Bonomi conta que “o primeiro passo importante é fazer o estadiamento da lesão, ou seja, estudar os diversos órgãos no intuito de detectar se está somente no pulmão ou se houve metástase. Para isso, exames como o PET-CT e a Ressonância Nuclear Magnética do encéfalo têm participação primordial, capazes de definir qual a melhor forma de tratamento. De forma resumida, quando a doença está restrita ao pulmão o melhor tratamento é a cirurgia que pode ou não estar associada à quimioterapia (dependendo do estadiamento definitivo após a cirurgia – estadiamento cirúrgico)”.

Medicina pulmonar e cirurgias

O médico explica que “a cirurgia no estádio inicial da doença é capaz de curar o paciente em cerca de 80% dos casos. Se a doença está um pouco mais avançada, pode-se usar a radioterapia associada à quimioterapia com ou sem o auxílio da cirurgia. Já na doença disseminada, de uma forma geral, o único tratamento é a quimioterapia”. Daniel acrescenta que um grande avanço é o estudo aprofundado da biópsia com identificação de alterações genéticas do tumor. “Este estudo possibilita o uso de terapia alvo para essas mutações, com resultados otimistas e sobrevida aumentada nos casos de doença avançada”.

A medicina pulmonar é uma área de grande avanço técnico científico. O câncer de pulmão tem sido tratado, cada vez mais, com procedimentos minimamente invasivos com operações de alta complexidade, realizadas por videotoracoscopia e/ou cirurgia robótica. Métodos que também garantem mais segurança para cirurgião e paciente “Essas técnicas trazem benefícios grandes aos pacientes, porque a recuperação da cirurgia é menos dolorosa permitindo, inclusive, o tratamento de idosos com mais de 70 anos de idade”, conta o cirurgião. O médico destaca ainda a tecnologia de uma das salas de cirurgia do Mater Dei, conhecida como sala híbrida, que permite o diagnóstico de onde está um pequeno nódulo, mesmo durante a cirurgia.

Prevenção

No Brasil, o câncer de pulmão em estágio avançado ainda é o mais comum e para tentar parar este tipo de tumor a orientação é o acompanhamento médico, além de um check-up oncológico. A Rede Mater Dei de Saúde disponibiliza este tipo de check-up, direcionado, principalmente, para pessoas acima dos 40 anos, todos acima dos 50, e para pessoas que tenham histórico familiar, independentemente da idade. Pacientes com doenças cardiológicas, pneumológicas ou vasculares periféricas também podem fazer seus exames de rotina no Mais Saúde Mater Dei, núcleo da Rede que reúne equipe multiprofissional para o acompanhamento de pacientes crônicos. “O ideal é se evitar o câncer com atitudes como o fim do tabagismo e adoção de medidas mais saudáveis para o seu corpo, além de consultas médicas regulares e participação em programas de check-up oncológico, como já existe no Mater Dei”, finaliza Daniel.
Fonte: Hospital Mater Dei

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