Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Hospital Moinhos de Vento é o único do RS a participar do Projeto de incentivo ao parto normal

Atualmente, 84% dos partos feitos no Sistema de Saúde Suplementar do Brasil são cesáreas. No SUS, 40%. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no país estão relacionados à prematuridade, frequente em cesarianas, que ampliam em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o bebê e triplicam a mortalidade materna, segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).

Diante do que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, classifica como uma “epidemia de cesáreas”, foram anunciados na última semana os 28 hospitais que participarão de projeto piloto para resgatar a prática do parto normal no Brasil. No Rio Grande do Sul, o Hospital Moinhos de Vento é o único presente na lista.

Para o chefe do Serviço Médico de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento, Marcos Wengrover Rosa, o programa “Parto Adequado” tem como finalidade elaborar um novo padrão de assistência obstétrica que servirá de modelo para o resto do Brasil. “Neste aspecto é um privilégio poder contribuir com a nossa experiência para a formatação deste novo modelo. Trata-se de uma distinção em relação aos outros tantos hospitais do sul do Brasil, certamente relacionada ao conceito que o Moinhos de Vento possui frente aos parceiros como o Hospital Israelita Albert Einstein e órgão públicos como a Agência Nacional de Saúde Suplementar e Ministério da Saúde,” destaca.

Na instituição, cerca de 82% dos partos são cesáreas, quantidade que o médico considera excessiva. Apesar de ter diminuído em 4% nos últimos dois anos, a taxa ainda é alta. Para o ginecologista, o ideal seria que cerca de 40% dos partos fossem cesáreas.

Como exemplo, o especialista cita a campanha realizada para popularizar a amamentação natural que, nos anos 1970, era vista com preconceito. “Hoje, ninguém discute o quão indicada e saudável é a amamentação, tanto para o bebê quanto para a mãe,” finaliza.

Fonte: Hospital Moinhos de Vento – 09.04.2015

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