Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Dia de Combate ao Fumo: Anchieta faz alerta sobre problemas causados pelo hábito

No dia 29 de agosto, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lança campanha para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O principal objetivo é ajudar a reforçar ações que sensibilizem a sociedade sobre os prejuízos sociais, ambientais, econômicos e, principalmente, à saúde das pessoas que o tabaco pode acarretar.

De acordo com estudo divulgado pela publicação científica The Lancet, em 2017, o Brasil apresenta uma história de sucesso por causa da redução no número de fumantes nos últimos anos. A queda é resultado dos novos hábitos da população e das inúmeras ações promovidas pelo governo e instituições de saúde. O Brasil, em 25 anos, viu a porcentagem de fumantes diários despencar de 29% para 12% entre homens e de 19% para 8% entre mulheres. O país ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes (7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens).

Para o pneumologista do Hospital Anchieta, Dr. Daniel Boczar, a população está cada dia mais consciente dos efeitos negativos do fumo. “Associado às campanhas de esclarecimento à população temos ainda o impacto positivo da melhora da legislação antifumo, o aumento da carga tributária sobre o cigarro e a disponibilidade de tratamento em grupos multidisciplinares especializados, inclusive com acesso a medicamentos que auxiliam na cessação do tabagismo”, explica.

Embora os dados sejam positivos, segundo informações do Ministério da Saúde, as doenças provocadas pelo tabagismo ainda causam, aproximadamente, 200 mil mortes por ano no Brasil. O tabagismo pode desencadear cerca de cinquenta problemas de saúde, dentre os quais, destacam-se: infarto do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame, câncer na traqueia, laringe e brônquio; impotência sexual no homem, infertilidade da mulher, hipertensão e diabetes. O câncer de pulmão é a doença que mais se destaca, com 90% dos casos diagnosticados associados ao consumo de derivados de tabaco.

“Cerca de 30% de todos os cânceres são relacionados ao cigarro. O tabagismo é responsável por 25% dos infartos e anginas; 25% das ocorrências de derrame cerebral; 85% dos pacientes com bronquite crônica e enfisema são fumantes, além de úlceras gastroduodenais, infecções respiratórias, impotência sexual e claudicação”, destaca o pneumologista, citando estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Apesar de o fumo causar dependência, é possível, sim, parar de fumar. O tratamento é baseado em medidas cognitivo-comportamentais, que permitem transmitir ao fumante os conhecimentos necessários para cessar o tabagismo, e estratégias para modificar seu comportamento.

De acordo com o Dr. Daniel Boczar, ao parar de fumar, é possível perceber diversos benefícios como a diminuição do risco de doença cardíaca e câncer de pulmão; esperança de vida aumentada de cinco a oito anos; redução da despesa com cigarros e com tratamento de doenças ligadas; redução do envelhecimento precoce; clareamento dos dentes e pontas dos dedos; melhora da resistência física para exercícios, da qualidade de vida e da sensação de bem-estar, com a certeza de ter conquistado algo importante para si.

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