Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Campanha do Hospital Moinhos de Vento incentiva doação de Medula Óssea

Evento de lançamento será quarta-feira

O Hospital Moinhos de Vento e a ONG Doutorzinhos lançam uma campanha para incentivar o cadastramento no banco de doação de Medula Óssea e reforçar a importância de manter os dados atualizados. A atitude pode salvar vidas de pacientes com doenças hematológicas como leucemias e linfomas. O evento acontece nesta quarta-feira (29), às 8h30, no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm (Rua Ramiro Barcelos, 910, Bloco C, 4º andar).

A atividade integra as comemorações de um ano do Centro de Terapia Hematológica do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento. A unidade é especializada em doenças onco-hematológicas, incluindo transplantes de Medula Óssea. Durante esse  período, foram realizados 17 transplantes  de medula óssea. Para marcar a data, uma atividade científica será realizada nos dias 01 e 02 de julho. A programação completa pode ser conferida no site www.iepmoinhos.com.br/eventos.

Segundo a responsável pelo centro, Claudia Caceres Astigarraga, a campanha é fundamental, uma vez que a falta de informações dificulta o processo. “Em geral, o brasileiro é muito solidário. Porém, é comum a prática de se cadastrar por impulso e esquecer de atualizar os dados. Isso dificulta a sua localização e impede que o processo seja realizado. A doação de Medula Óssea é um compromisso que salva vidas”, reforça a hematologista.

A médica também esclarece um equívoco: “Muitos confundem coleta de Medula Óssea e células-tronco com procedimentos realizados na coluna vertebral. A doação é segura. Em três semanas, o corpo do doador refaz as células que foram doadas, permitindo que ele faça uma nova doação, caso seja necessário. A coleta de células-tronco ou Medula Óssea não gera qualquer impacto ou risco sobre a capacidade de locomoção (caminhar) do doador”.

Com a parceria, a ONG Doutorzinhos solidifica ainda mais seu envolvimento com o Hospital Moinhos de Vento. O coordenador e idealizador do grupo, Maurício Bagarollo, destaca que o transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia e de algumas outras doenças do sangue. “Esse é um gesto de solidariedade e amor ao próximo, dois dos princípios fundamentais na ONG”, reforça. O grupo realiza visitas semanais à Instituição, levando o riso como complemento clínico aos internados, familiares e colaboradores.

A campanha tem o apoio do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Hospital da Criança Santo Antônio, Santa Casa de Misericórdia, Sociedade Brasileira de Dermatologia Secção RS e RBG Comunicação Gráfica. As postagens sobre a campanha nas redes sociais podem ser conferidas através da hashtag ‪#‎queeusejaodoador.

Com a inauguração do novo prédio de internação do Hospital Moinhos de Vento, previsto para 2017, o Centro de Terapia Hematológica disponibilizará 20 leitos para transplantes de medula e terapia hematológica. O Brasil tem o terceiro maior banco de doadores de Medula Óssea do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da Alemanha.

Passo a passo para se tornar um doador

Quem pode doar

Pessoas entre 18 e 55 anos de idade em bom estado de saúde;

Como se cadastrar no banco de Medula Óssea

Basta ir ao Hemocentro de sua cidade ou região. No local, será necessário preencher um cadastro e fazer uma coleta de amostra de sangue, que permitirá que o banco encontre um doador compatível.

O Hospital Moinhos de Vento também realiza o cadastro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h30. Mais informações pelo telefone (51) 3314-6960.

Atualização de dados

O cadastro é global. Por isso, é importante manter seus dados atualizados. Para fazer isso, basta ligar para (21) 3207-1580 – INCA, no menu REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). A organização oferece ainda a opção “ligação a cobrar”, para que o doador não tenha custos ao alterar o cadastro. A atualização de dados também pode ser feita pelo site www.inca.gov.br

Qual o primeiro passo para o doador quando ele encontra um receptor compatível?

O doador passa por um exame clínico para certificar seu bom estado de saúde. Não há exigências quanto às mudanças de hábitos de vida, trabalho ou alimentação.

Como é feita a doação

A modalidade de doação mais comum é a feita a partir do sangue periférico do doador. O doador toma um remédio durante cinco dias para aumentar a produção de células-mãe. O sangue é então filtrado por uma máquina que retira as células e as devolve do sangue para as veias. Em geral, o processo de coleta dura de quatro a seis horas. Os efeitos colaterais do medicamento são dores no corpo, solucionadas com um analgésico.

Outra modalidade de doação, hoje realizada em uma minoria de casos, envolve a coleta pelo osso da bacia, realizada com agulha, através de uma punção na região pélvica. O procedimento dura 90 minutos e é feito com anestesia. O doador fica um dia em observação após o término do procedimento. Como efeito, os doadores podem sentir dor no local da inserção da agulha semelhante à de uma injeção, que regride em uma semana.

Posso desistir do processo após encontrar um receptor compatível?

Como um voluntário, o doador de Medula Óssea não tem obrigação legal de realizar a doação. Sendo assim, a desistência é possível. Entretanto, o doador deve ter a consciência de que se a decisão for tomada tardiamente poderá comprometer a vida do seu receptor.

Fonte: Hospital Moinhos de Vento – 28.06.2016

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