Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Alergias respiratórias aumentam no inverno

Asma e rinite alérgicas estão entre os problemas que mais atingem a população

Todo ano é assim. A chegada do outono e a proximidade do inverno provocam mudanças climáticas, aumento da umidade e temperaturas mais baixas. E esses fatoras são preponderantes para a manifestação de crises respiratórias. “As crianças e os idosos normalmente são os mais afetados”, revela a médica Loraine Landgraf, especialista em alergia do Hospital VITA Batel.

Dados da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia) apontam que 30% da população brasileira possui algum tipo de reação alérgica, sendo a rinite e a asma predominantes nesta época do ano. De acordo com a especialista, a asma atinge de 10% a 25% da população brasileira e é responsável, anualmente, por 400 mil internações hospitalares e 2.500 óbitos (DATASUS, 2011) – além de um número incontável de atendimentos ambulatoriais. A asma é caracterizada por sintomas de falta de ar, tosse e chiado no peito.

Loraine aponta também a rinite alérgica como outro problema comum neste período. O problema é considerado um fator de risco para desenvolvimento das crises asmáticas. Segundo dados do International Study of Asthma and Allergies (ISAAC), a rinite alérgica atinge cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes brasileiros. A doença é caracterizada por sintomas de coceira, entupimento das narinas, coriza nasal e espirros, similares aos da gripe. A queda da temperatura, ambientes mais fechados e a piora da qualidade do ar agravam as crises.

Prevenção – A alergista orienta que seja evitado o contato com os desencadeadores das crises, mantida a limpeza do ambiente e sejam retiradas as substâncias que possam facilitar a proliferação dos ácaros (como bichos de pelúcia no quarto das crianças). Recomenda-se também evitar ambientes fechados que possuem a aglomeração de pessoas e fazer o uso de tratamento preventivo. Em caso de crise, a recomendação é que o paciente seja submetido ao acompanhamento do médico.

Asma – É uma doença de origem genética que se acompanha de uma inflamação dos brônquios. Caracterizadas pelos sintomas de tosse, sensação de aperto no peito, respiração curta e chiado no peito. “É importante que a asma seja reconhecida como uma doença alérgica e diagnosticada precocemente para que seja controlada”, destaca Loraine.

A médica explica que existem vários tipos de remédios para tratar a asma, mas pode-se dividir em dois grupos: remédios aliviadores – para aliviar sintomas e tratar as crises da doença, e remédios controladores – que atuam na inflamação dos brônquios, controlam a doença e evitam novas crises. O tratamento pode ser feito com a utilização de medicações por via inalada sob a forma de sprays ou como inaladores de pó seco.

“Outra maneira importante de prevenir é a higiene ambiental deve ser feita com rigor na casa dos pacientes que sofrem da doença”, ressalta. O ambiente deve ser o mais higiênico possível, visando restringir o contato do paciente com elementos desencadeantes de crise, sejam alérgenos ou irritantes. Recomenda-se não ter fumantes no ambiente domiciliar. Os animais devem ser mantidos fora de casa, ou no mínimo, não entrarem nos quartos de dormir. Colchões e travesseiros devem ser forrados com material impermeável e este forro lavado periodicamente. Alguns desinfetantes podem reduzir a proliferação de ácaros em casa. Baratas devem ser combatidas, pois estão relacionadas à alergia e maior gravidade da asma.

Tratamento – Deve ser realizado com o controle dos sintomas, permitindo uma qualidade de vida normal para o asmático, que pode retomar suas atividades diárias sem restrições ou limitações, exceto aquelas ligadas a fatores desencadeantes de crise.

Fonte: Grupo Vita – 18.06.2014

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